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Cininha de Paula fala da experiência como avó

Em casa, a diretora conta como a neta, Alice, transformou sua vida

CARAS Publicado em 04/09/2015, às 15h06 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Com a menina na sala, Cininha revela-se renovada e empolgada com a quarta temporada do Pé na Cova, que estreia em setembro. - César Alves
Com a menina na sala, Cininha revela-se renovada e empolgada com a quarta temporada do Pé na Cova, que estreia em setembro. - César Alves

Uma verdadeira revolução na vida de Cininha de Paula (58) aconteceu com o nascimento da primeira neta, Alice (1 ano e 4 meses). Filha de seu primogênito, o diretor de efeitos visuais da Globo Enrico Guarischi (36) — fruto do relacionamento com o médico Alfredo Guarischi (64) —, com a atriz Karol Albertassi (29), a menina trouxe mais alegria e realizou o sonho da diretora de ser avó. “Alice resgatou a criança que existia em mim. Sempre fui baderneira e, de repente, me tornei séria, calejada pelas perdas. A partir de seu nascimento, revivi meu espírito brincalhão. E se parece comigo, tem temperamento forte, só faz o que quer. Até dei a ela o apelido de chapinha quente. Minha mãe falava para minha avó: ‘quando essa menina diz não ou a gente cede ou enlouquece’”, destacou ela, em seu apartamento na Barra da Tijuca, Rio, referindo-se à atriz Lupe Gigliotti (1927– 2010).

Cininha, que tem outra filha, a atriz Maria Maya (34), com o diretorWolf Maya (61), no momento está envolvida com a direção de Pé na Cova, que estreia a quarta temporada em 29 de setembro, e com a Escolinha do Professor Raimundo. Esse projeto, que faz homenagem a seu tio Chico Anysio (1931–2012), vem sendo idealizado por um dos filhos dele, Bruno Mazzeo (38). Parceria da Globo com o canal Viva, deve ser gravado em outubro e exibido em novembro.

Como avó, age diferente da forma como criou seus filhos?
Completamente, porque fui mãe bem nova. Várias vezes vejo meu filho angustiado com a Alice querendo levá-la ao pronto socorro de madrugada. Falo que é alergia, vai passar. Minha tranquilidade tranquiliza minha nora. Experiência é outra história.

Alice está sempre aqui?
Sempre. Tem o quartinho dela, com berço, brinquedos. Vou para o chão, brinco. Sou a vovó maluca. Ela começou a andar com os pezinhos feito um patinho, aí eu saia andando igual a um pato e ela morria de rir.

Desejava ser avó faz tempo?
Desde que a Maria tinha 20 anos peço a ela um neto. Achei que fosse me dar antes. Agora, diz que posso tirar o cavalo da chuva, decidiu ser diretora e quer se resolver primeiro profissionalmente.

Você lida bem com o passar dos anos?
Não tenho problema em envelhecer. A idade está na alma. E, se achar que devo fazer plástica, farei. De vez em quando coloco botox na testa, mas agora não estou com nada. Só fiz o seio, há 17 anos. Sou bailarina e bailarina não tem peito. Coloquei só 90ml porque era bem pequenininho.

Como você cuida da saúde e da boa forma?
Agora, não estou fazendo nada, mas normalmente pratico balé clássico porque odeio musculação. Não bebo nada alcoólico, nunca fui de droga e não fumo há nove anos. Nunca fui adicta do cigarro. Parei e voltei algumas vezes. Achei importante parar de vez por conta do histórico familiar. Minha mãe nunca fumou ou bebeu, era careta e teve câncer de pleura. Minha avó e um tio paternos morreram de câncer de pulmão, tio Chico e tio Elano tinham enfisema.

E como vai a vida afetiva?
Isso a gente sempre tem. Às vezes, um, às vezes, outro, mas não estou com ninguém fixo.

Não deseja mais casar?
Deus me livre, não tenho vontade. Casei três vezes, hoje prefiro ter minha liberdade, ficar quando quiser. Imagina alguém mandando em mim e ter que dar satisfação?

Encara o amor diferente?
Talvez tenha menos pa ciência. Quando somos jovens, temos mais com esse tipo de história. Não gosto nem de falar isso porque toda vez que disse que não iria mais casar, casei. A família e os amigos me preenchem. Nunca fui de balada, gosto de frequentar as festas dos amigos. Me divirto com as pessoas e não com a droga, o álcool, a loucura.

Como surgiu a ideia de retomar a Escolinha?
O Bruno apresentou o projeto ao canal Viva. Ele vai interpretar o professor Raimundo. Serão somente sete episódios, é um elenco estelar, que está sendo fechado. É mais uma homenagem ao tio Chico e aos alunos do que uma retomada. Dos atores antigos, nenhum vai participar.

Vai ter a dona Escolástica, que era vivida pela sua mãe?
Não e nem eu queria fazer. Não tenho nenhuma saudade de voltar a atuar. A Cininha atriz está aposentadíssima. 

O que pensa quando lembra do Chico e da sua mãe?
Primeiro, saudade. Queria que minha mãe estivesse vendo minha neta (voz embargada e olhos marejados). Nem tudo é como desejamos. Não gosto de falar disso. Me dói fazer o programa, quanto mais falar deles. Não é algo fácil de digerir. Mas, como diz minha irmã que mora na Suécia, mamãe morreu com 83 e meus tios Chico e Elano com 80 e 92, como me queixar? Nós, brasileiros, temos a visão de que não vamos perder nunca. Precisamos pensar, para que uns possam nascer, outros precisam morrer.

Novidades em Pé na Cova?
Esta quarta temporada é uma revisão do País como um todo na visão desta Família Addams brasileira. Estamos gravando o 21º episódio. São 12 da quarta temporada e 12 da última, que deve ir ao ar em janeiro. Ficamos com dó de terminar, mas, como diz o Miguel, é melhor parar enquanto estamos lá em cima, deixando saudade. Tenho ainda minha escola, a CN Artes, em SP e no Rio. É um processo de formação, faço sempre teatro associado à câmera, porque só a câmera dá visão errada do trabalho do ator.