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Carolina Chalita se diverte com seu papel em Os Dez Mandamentos: 'Adoro as vilãs!'

Sucesso em 'Os Dez Mandamentos', como Tanya, a atriz carioca fala sobre os desafios de seu personagem, a mudança de emissora, religião, casamento e família. Confira:

CARAS Publicado em 13/05/2016, às 12h54

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Carolina Chalita - Reprodução/Instagram
Carolina Chalita - Reprodução/Instagram

Não é de hoje que a atriz Carolina Chalita vem mostrando seu talento. A atriz, que atualmente interpreta a vilã Tanya na segunda temporada de Os Dez Mandamentos, da Record, já fez trabalhos de sucesso no teatro, cinema e em outras novelas como Viver a Vida e O Astro, ambas da Globo. 

Moradora do Rio de Janeiro, Carolina hoje está com uma rotina agitada que conta com as gravações da trama bíblica, entre outros projetos. "Acabei de estrear um longa chamado Em Nome da Lei, do Sergio Rezende, e ainda vou estrear, ainda este ano, uma nova série para o canal Brasil chamada Amor de 4, de Marcelo Santiago, com direção do experiente José Joffily. Além disso, estou produzindo o meu primeiro monólogo, baseado no texto da escritora libanesa Joumanna Hadadd, que será adaptado por Geraldo Carneiro.

Apesar dos inúmeros trabalhos, Carolina ainda encontra tempo para se dedicar ao filho, Pedro, e ao namorado, o designer Rodrigo Calixto, que acaba de vencer uma leucemia.

Leia a seguir entrevista completa da atriz:

Como está sendo para você fazer uma vilã?
Adoro as vilãs! São personagens complexas, cheias de planos e que podem ser politicamente incorretos. São extremamente humanos porque colocam nossos defeitos pra fora e, desta forma, deixam a trama mais interessante ao criarem obstáculos para que os protagonistas não alcancem seus objetivos. Mas fazem tudo por uma causa que realmente acreditam, senão viram personagens de desenho animado (risos).

Você se identifica de alguma forma com a Tanya?
A Tanya é muito observadora, escuta tudo e todos no palácio no reino de Moabe. Foi desta forma que ela conquistou a confiança da rainha Elda, pois se tornou sua informante e principal confidente. Em outro sentido, também sou muito observadora porque faz parte do meu oficio investigar o comportamento humano, mesmo em uma fila de banco, andando de bicicleta (meu meio de transporte), indo ao supermercado, vendo as crianças na escola do meu filho. É assim que também faço as minhas amizades. Acredito que as relações mais profundas são construídas nas alegrias e tristezas. A Tanya também adora se arrumar, ficar bonita e exercer a sua feminilidade como ninguém. Nesse ponto, eu também adoro exercer a minha feminilidade, acho um grande poder da mulher.

Antes de Os Dez Mandamentos, você já havia feito outros trabalhos na Globo, como foi a mudança de emissora?
As duas emissoras são ótimas com características bem diferentes. Na Globo, estreei em horário nobre junto com um parceiro que também vinha do teatro que foi o Mateus Solano. Na época, eu fazia a premiada peça Festa de Família, no CCBB, e o Luiz Antonio Rocha, produtor de elenco da Globo, foi assistir e me convidou para fazer Viver a Vida, de Manoel Carlos. Em uma novela das oito existe uma pressão muito grande de qualidade e de audiência sem ninguém que te mostre como deve fazer. Entramos e, aos poucos, vamos entendendo o ritmo e como a “indústria” funciona. Adquirimos aprimoramento técnico com as câmeras e, depois, uma liberdade e autonomia grande para construir nossos personagens. Sem contar que  tive o privilégio de ter o Mateus Solano como parceiro de cena; o que me ajudou muito a entender como funcionava uma grande emissora, pois estávamos juntos no mesmo desafio. Já na Record, temos uma relação mais familiar com o elenco e equipe técnica, almoçamos juntos com a direção geral da novela e discutimos as cenas e tons dos personagens. É delícia a proximidade estabelecida pelo Alexandre Avancini... Nos sentimos acolhidos!

Você está fazendo uma novela religiosa. Você é adepta a alguma religião?
Tenho uma prática espiritual japonesa chamada Arte Mahikari. Não é uma religião, mas uma prática que contempla todas as religiões. O importante é transmitir a luz divina. Assim renovamos a nossa energia e escutamos o nosso silêncio. É um exercício da gratidão, de doar seu tempo para alguém que precisa. A espiritualidade é uma inteligência necessária para a evolução de uma sociedade e a novela traz muitos valores espirituais, por isso, faz tanto sucesso.

Você estreou na TV ao lado do Mateus Solano e repetiu recentemente essa parceria no filme Em Nome da Lei. Como foi trabalhar novamente com o ator?
Ahhh, é uma delícia sempre!!!  Talvez porque antes dele se tornar esse grande astro, fizemos cinema independente juntos e tínhamos amigos em comum do Tablado e da Cal. Viemos de lugares parecidos e temos muita história antes da televisão acontecer em nossas carreiras.

Você e o designer Rodrigo Calixto estão juntos desde 2013 e passaram por momentos difíceis com a descoberta e o tratamento da leucemia dele. Isso fortaleceu a relação de vocês?
Nossa relação sempre foi muito forte, desde quando nos vimos pela primeira vez, mas, quando descobrimos a doença , o impacto do risco de morte, a possibilidade de perdê-lo era de 99%. Isso realmente intensificou ainda mais nossos sentimentos. A vida dele é um milagre! Já tem um ano e seis meses de tratamento e, nesse período, passamos por obstáculos inimagináveis! Em um quarto de hospital, não temos distração com o mundo exterior. O que nos alimenta somos nós mesmos. Nos entendemos em silêncio e falamos através do olhar. Temos um laço que não dá pra explicar racionalmente.

Você já foi casada e tem um filho, o Pedro. Pensa em se casar novamente e aumentar a família ao lado do Rodrigo?
Sim, falamos nisso o tempo todo. Já temos até os nomes dos filhos (risos) e projetos de trabalhos juntos! O Rodrigo, além de excelente designer  e amante da madeira de demolição, é um artista plástico muito intenso. Compartilhamos muito o mundo das artes.