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Ana Maria Braga: "Sou um parque de diversões"

Apresentadora abre seu dúplex carioca e demonstra fé na vida

CARAS Publicado em 28/03/2017, às 07h03

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Em seu dúplex carioca, Ana brinca com a Yorkshire Sombrinha e a Lulu da Pomerânia Paçoca - Cadu Pilotto
Em seu dúplex carioca, Ana brinca com a Yorkshire Sombrinha e a Lulu da Pomerânia Paçoca - Cadu Pilotto

A comparação traduz perfeitamente o espírito brincalhão de Ana Maria Braga (67). "Sou um parque de diversões", reflete, rindo com as metáforas que a afirmação pode inspirar. Mas entre tantos loopings que já enfrentou na vida, a apresentadora do Mais Você sai sempre de cabeça erguida e orgulhosa de sua trajetória."Não preciso de ninguém que tenha um tostão. Me acho bonita e gostosa", sentencia, em seu apartamento carioca. Solteira, Ana prefere não esconder sua intimidade. Das alegrias a fatos dolorosos, age sempre com a mesma transparência para comunicar, por exemplo, o fim dos casamentos, os três diagnósticos de câncer, a felicidade com o nascimento dos netos e as intrépidas mudanças do programa, há 18 anos no ar na TV Globo. Tudo isso, simplesmente, porque gosta de gente, como enfatiza, e de trabalhar também. “Não é uma questão financeira. O que Deus me deu, já me basta. É realização pessoal. Tenho tesão no que faço”, constata. Às vésperas do aniversário, dia 1º de abril, Ana continua com o manequim 34, hormônios de uma menina de 35 anos e muita disposição para viver um grande amor. “Sexo não tem idade. Quem disse que tem, mente. Vontade de ser acariciada, amada e beijada, mulher de 100 anos pode ter”, afirma.

– Você se casaria de novo?

– Acho que sim. Sou casadoira. Como conviver com alguém que não está perto de você?

– Mas seu último namorado morava longe...

– Então, será que assim podia dar certo? (risos)

– O amor é investimento?

– Não que não goste de estabilidade, mas muita pasmaceira dá aflição e vou ficando inquieta. Viver sem borboletas ou frio no estômago deve ser a coisa mais chata do mundo. Mas não saio caçando. Depois de grandes acontecimentos, de envolvimentos emocionais, é preciso um período de calmaria para poder baixar tudo. Não tenho mais 25, 30 anos.

– Seria a maturidade?

– É um olhar com mais realidade. Já tendo vivido, você sabe aonde vai dar. Mas não é impossível. Acho que vai acontecer. A probabilidade, tendo mais de 60, é menor, mas a disposição que tenho é de 18, 15 anos. Jogo videogame, ando de bicicleta... Sou mesmo um parque de diversões. Tenho muita alegria de viver

– Por que não removeu a tatuagem do Marcelo, seu ex?

– Já marquei o tatuador.

– Você passou por momentos delicados com sua saúde. Sentese imbatível?

– Não, imagina. Sou de carne e osso. Sinto dor. Acho que tenho um nível para suportá-la maior do que as pessoas que conheço. Mas isso é pessoal, de cada um. Acredito na força da energia positiva que nunca perdi. Mas não significa que tenha superpoderes. Isso não há. Existe Deus e, quando ele quiser levar a gente, será na hora que for.

– Teve medo da morte?

– Muito. Mas acreditava que podia lutar, estava em uma guerra e as armas que precisava, meus médicos e também minhas células estavam me dando. Eu as comando. É claro, não quero morrer. Porém, acredito na vida além dessa. Então, nossa, tem muita coisa para fazer!

– Por todas essas batalhas, tornou-se uma referência. Como é ser embaixadora do Movimento Bem Querer Mulher?

– Fiquei muito feliz. É uma bandeira que já levantei há muito tempo. Eles nunca tiveram uma embaixadora para ajudar a divulgar. Os números de assédio contra a mulher são absurdos. Nunca fui agredida fisicamente. Mas, moralmente, já, eventualmente. Sei o terror que é. Desejar o bem à mulher é um bem querer. E a parceria com este pessoal propiciou ainda mais isso.

– Está levantando a bandeira do feminismo?

– Não é essa questão. Não quero ser igual ao homem. A mulher tem sua força em outros lugares, não nos músculos. A humanidade já teria acabado se fossem eles que parissem, por exemplo.

– O que espera da vida?

– Que essas borboletas todas continuem ativas, que tenha saúde para poder mantê-las assim. Peço o mesmo para a convivência com a família, amigos e trabalho.

– Ou seja, você não quer parar de trabalhar, não é?

– Se Deus quiser, não.