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Papéis masculino e feminino podem ser exercidos por ambos os sexos na relação

Leniza Castello Branco Publicado em 22/04/2014, às 21h34 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Feminino e masculino são polaridades presentes em tudo em nossa vida. Simbolicamente, o feminino é representado pela mãe, pela Lua. É o lado esquerdo, o sentimento, o corpo, a suavidade, a aceitação, a docilidade, o polo  negativo, o unir, a mulher. Em uma relação amorosa, o lado feminino é aquele que espera, que desconfia, que tem medo de terminar. Já o masculino é representado pelo pai, pelo Sol. É o lado direito, o polo positivo, a mente, a assertividade, o cortar, a espada, a agressividade, o homem. É aquele que “quer mais liberdade” e não cobranças.

Pela força desses símbolos, esperamos que a mulher e o homem assumam seus papéis e, no casamento, cada um se comporte de acordo com essas características. Convencionalmente, homem é masculino e mulher, feminino. Mas nem sempre é assim. Os papéis podem ser trocados ou misturados. Culturalmente, por alguns séculos eles foram fixos e, se alguém pensasse em inverter essa ordem, não era aceito. Nos anos 1940 e 1950, era raro um pai pegar um bebê no colo ou dar mamadeira e a maioria das mães não trabalhava fora.

O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961) disse que ambos os sexos contêm elementos um do outro; assim, características físicas e psicológicas do homem estão presentes na mulher, e vice-versa. Vemos casais que se dão muito bem, amam-se e se respeitam, nos quais a maioria dos aspectos do feminino está no homem. É ele quem espera a mulher chegar do trabalho, quem cuida dos filhos; é o mais dócil, muitas vezes é um artista, cozinha e tem mais facilidade para expressar os sentimentos. Nesses casos, é a mulher que chega mais tarde, ganha mais, dita as regras, é mais agressiva (no bom sentido, claro!), é solar, mais intelectual, não tem muita paciência com as crianças nem muito “instinto materno”.

Isso pode ocorrer em uma fase do casamento e depois se modificar. Se, por exemplo, a mulher tem um trabalho mais bem remunerado, o homem pode trabalhar em casa e alternam os papéis sem problemas. Ninguém precisa sentir-se menos importante ao contribuir cuidando dos filhos ou da casa. Não significa que uma mulher que personaliza o masculino tenha jeito de homem e que o homem que assume o feminino seja afeminado. Nos casais homossexuais, ocorre a mesma coisa, sempre há um que assume as tarefas do feminino e outro, as do masculino.

Alguns casais convivem bem com isso, não estão presos aos papéis sociais, aceitam-se, se amam e sabem que ser masculino ou feminino está além do sexo. Essas duas polaridades são importantes, completam-se e são necessárias para formar uma família. Mesmo naquelas nas quais apenas a mãe ou o pai cumpre os dois papéis. É o caso das pessoas separadas, viúvas, mães ou pais solteiros.

Portanto, os dois sexos podem cumprir ambos os papéis ou até se revezarem, vivenciando, assim, os vários aspectos de sua personalidade. Se tiverem filhos, será saudável para eles. Quanto menos preconceito e mais flexibilidade, mais livres nos sentimos e ficamos menos amarrados em convenções, o que só contribui para a felicidade geral. Para a criança, o que importa é que possa viver a dinâmica materna e a paterna, que seja bem-cuidada, alimentada e amada. Enfim, que tenha um verdadeiro lar.