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Técnica já permite clarear os dentes sem causar danos a eles e à gengiva

Redação Publicado em 16/10/2012, às 10h06 - Atualizado às 10h11

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Os dentes em geral nascem claros. Mas, ao longo da vida, podem ir se escurecendo interna e externamente. O interior dos dentes escurece, por exemplo, quando, ao tratar de um canal, o dentista não põe uma cânula de aspiração para o sangue escoar; assim, o fluido penetra nos canalículos dentinários, coagula e, com o tempo, se torna escuro. É muito importante, então, clarear o interior do dente. Se isso não for feito, o fundo escuro prevalece na superfície do esmalte. 

Já o escurecimento externo pode resultar, entre outros fatores, de uma saliva ácida, que aumenta a velocidade de multiplicação das bactérias que favorecem a fixação dos corantes dos alimentos e das bebidas nos dentes; de higienização deficiente, que facilita a formação da placa bacteriana e de infecções; do uso de antissépticos bucais que contêm álcool e clorexidina; e, finalmente, do tabagismo.

Dentes escuros podem ser saudáveis, mas incomodam muitas pessoas. Elas se sentem diminuídas, envergonhadas e até evitam sorrir para não exibi-los. Felizmente, a evolução da dentística tornou possível clareá-los.

O clareamento começou a ser realizado nos Estados Unidos há cerca de um século. De início, o método era controvertido, pois, com uma espátula aquecida, se passava uma substância nos dentes para clareá-los. Dava poucos resultados e, além disso, com o calor os dentes trincavam. Mais recentemente se criou um gel clareador de peróxido de hidrogênio que é passado nos dentes e ativado com luz laser ou LED para clareá-los, com excelentes resultados. Quando não se usa laser antes do clareamento e não se protege a gengiva com barreiras, a sensibilidade nos dentes e na gengiva é muito acentuada. Tudo é uma questão de seguir o protocolo correto.

Foi por isso que se criou a técnica usada atualmente. Consiste em fazer uma profilaxia e descontaminar a superfície dos dentes; aplicar laser para dessensibilizá-los; aplicar em toda a gengiva, ao longo das duas arcadas, uma faixa de uma substância (barreira) para protegê-las do peróxido de hidrogênio, do contrário, sob a ação da luz de LED ou do laser, o gel pode causar ulcerações na gengiva. O clareamento nunca deve ser feito sem o uso de barreiras para a proteção gengival, porque levará a aumento da sensibilidade e estresse no paciente. Quando, mesmo com todos os cuidados, o paciente tem a sensibilidade dental aumentada, pode-se tratar com medicamento dessensibilizante, que ele usa pelo tempo determinado pelo dentista.

Nas situações de escurecimento dental mais leve, o clareamento pode ser feito só no consultório em duas a três sessões. Nos casos mais graves, em que os dentes estão amarelados ou enegrecidos demais, além do clareamento no consultório o dentista pode fazer um molde que permite ao paciente usar o gel clareador em casa até atingir o efeito que deseja. A técnica não causa dano aos dentes. Mas só pode ser usada por pessoas que tenham dentes definitivos — não se recomenda clarear os dentes de leite. 

Clareiam-se só os dentes naturais. Próteses e coroas precisam ser refeitas em seguida na cor dos dentes clareados. Enquanto o paciente faz clareamento, não pode ingerir café, shoyu, coca-cola, ketchup e outros produtos. Também não pode fumar nem consumir alimentos e bebidas que têm corantes fortes até 72 horas depois, do contrário seus dentes absorverão os pigmentos e ficarão escuros novamente.