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Thiago Arancam em seu recanto de paz com a mulher, Michela

Destaque do canto lírico, tenor paulistano mostra a casa em Búzios e conta como mantém o romantismo apesar da rotina de viagens

Redação Publicado em 21/09/2011, às 12h23 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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Radicados em Mônaco, Thiago e Michela Rovegno, casados há quase três anos, passam meses viajando e falam do prazer de estar no seu cantinho no litoral fluminense. - Renato Velasco
Radicados em Mônaco, Thiago e Michela Rovegno, casados há quase três anos, passam meses viajando e falam do prazer de estar no seu cantinho no litoral fluminense. - Renato Velasco




Quando venceu a Operalia em 2008, maior competição de canto lírico do mundo, criada por Plácido Domingo (70), o paulistano Thiago Arancam (29) fez seu nome brilhar no refinado e seleto universo das óperas e se tornou um dos grandes tenores da atualidade. O excelente desempenho de um cantor tão jovem o levou a rodar o mundo na encenação de grandes clássicos como Carmen, de Bizet (1838-1875), Cavalleria Rusticana, de Pietro Mascagni (1863-1945), e Pagliacci, de Leoncavallo (1857-1919). “Ter sido apadrinhado pelo Plácido me abriu portas. O ponto alto da minha carreira foi dividir o palco com ele em Cyrano de Bergerac”, afirmou.

No último dia 11, nove anos após deixar o País para ser o primeiro brasileiro a estudar na prestigiada Academia do Teatro alla Scala, de Milão, Thiago interpretou aqui a ópera Tosca, de Giacomo Puccini (1858-1924), no Theatro Municipal do Rio. “Cantar em casa é como ser escalado para vestir a camisa da Seleção Brasileira. Demorou, mas vim”, disse ele, que conseguiu algo raro no cotidiano: tirar uns dias de folga ao lado da mulher, a italiana Michela Rovegno (31), na casa que a família tem em Búzios, RJ. “Já me apresentei em mais de 30 países. Estamos radicados em Mônaco, mas, no último ano, passamos cerca de 320 dias em turnê ao redor do mundo. Estivemos em Búzios em dezembro, por dois dias apenas. Então, quando podemos, aproveitamos cada segundo”, disse Thiago, casado há dois anos e nove meses com Micky, como ela é carinhosamente chamada.

– É possível manter alguma rotina com essas viagens?

Thiago – Tem que criar um cotidiano. Sempre saímos para jantar e a primeira coisa que buscamos é um restaurante italiano na região. O sabor dá alguma referência.

Micky – A gente quer ter essa sensação de casa por onde passa. O grande desafio é dormir bem, sabia? Descobri que achar uma boa cama de hotel é muito difícil. Já acordei algumas vezes sem saber onde estava. (risos)

– Acreditam ser possível manter o romantismo em alta com tantas mudanças?

Thiago – Claro. Levo minha mulher para conhecer o mundo inteiro. Tentamos ter momentos a dois e fazer coisas diferentes, como passear de barco, esquiar.

Micky – Fico com toda a parte burocrática da carreira dele, como arrumar malas, reservar hotéis, ver passaporte, cuidar do site e das demandas da imprensa. Se deixar, a vida vira apenas trabalho. Mas o Thiago é romântico, dá presentes, repara no visual, é atencioso.

– Com a carreira de Thiago em ascensão, pensam em filhos?

Thiago – Falamos sobre isso sim, mas agora seria bem difícil. Filhos precisam de estabilidade, algo que meu trabalho ainda não permite. Mas daqui a um ano e meio, talvez. É um bom tempo.

Micky – Quando a criança é pequena, é possível viajar. Mas na fase de escola, é necessário ter um lar fixo. Vamos ver como será. Quero mais de um, com certeza. E pensamos em adotar também.

– Muitos artistas têm manias. Quais são as suas, Thiago?

Thiago – No dia da apresentação, fico de pijama, calado e na cama até o momento de ir para o teatro. Tenho 1,84m e peso 81kg e chego a emagrecer 1 quilo, só de perda de líquido, na performance. Os teatros não querem artistas gordos, porque, além de cantar, é preciso atuar. Três horas antes de entrar em cena, tomo banho para despertar e rezo. No meu camarim tem rosário e imagem de Jesus.

Micky – No dia anterior, ele só come massa com azeite e queijo parmesão, porque tempero pode dar problemas de digestão. E canta no chuveiro. Também anda sempre com um cachecol para proteger a garganta. Pela manhã, faz barulhos estranhos para testar a voz. Antes, eu me assustava, agora já acabei me acostumando. (risos)

– Por que vocês escolheram ter uma casa em Búzios?

Thiago – A gente ama isso aqui. Quando compramos, achávamos que viríamos mais. Só que a carreira nos deu outros rumos. Mas estar no nosso canto é uma dádiva. Gostamos de mar e de todos os lugares do imóvel. Temos uma bela vista da Praia dos Ossos.

Micky – Assim que chego, mando comprar frutas. Não existe outro lugar no mundo com tanta variedade e sabor. Fruta-do-conde, jaca e goiaba são as minhas favoritas. Também não abrimos mão de estar à vontade, andar descalços e descontraídos.