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Os craques do coração de Deco

O meia do fluminense abre casa, exalta família e planeja futuro

Redação Publicado em 02/10/2012, às 19h09 - Atualizado em 10/10/2012, às 21h59

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Na sala de estar, Deco, a mulher, Ana, e os filhos, Sophia, Yasmin, David, João e Pedro. - Marcio Nunes
Na sala de estar, Deco, a mulher, Ana, e os filhos, Sophia, Yasmin, David, João e Pedro. - Marcio Nunes

Jogador de estilo clássico, do tipo que faz a bola correr com seus toques precisos e lançamentos primorosos, Anderson Luiz de Souza, o Deco (35), admite que entra na roda quando chega em casa. Mas por um bom motivo. Comandante do Fluminense, o líder do campeonato brasileiro e principal favorito ao título, ele não esconde a felicidade ao se ver totalmente envolvido pelos cinco filhos, um time de futebol de salão. Orgulhoso das crianças, nascidas de três casamentos, o craque não hesita em apontar as características do seu alegre escrete mirim. Sophia, de 3 anos, é geniosa, mas um doce. David Luiz, 5, está na fase de falar o que pensa, o que vem à cabeça. Yasmin, 9, é tranquila, extrovertida, muito meiga, carinhosa e inteligente; João Gabriel, 12, tem a personalidade forte, está entrando na adolescência e acha que sua voz deve ser ouvida e Pedro Henrique, 10, vai na onda dele, mas se parece comigo, é mais tímido e quieto”, conta em sua casa, ao lado da atual mulher, Ana Paula Schiavetti deSouza (34), mãe da caçula. Deco, que vem de temporadas vitoriosas em dois dos maiores clubes do mundo, o Barcelona, da Espanha, e o Chelsea, da Inglaterra, explica que sempre leva em conta a opinião dos meninos. “Quando vim para o Rio, em 2010, Eu e Ana fomos montando a decoração pensando neles. Não posso ter obras de arte, coisas penduradas. Crianças são crianças, precisam ficar livres, a casa tem de ser confortável para eles”, diz Deco, explicando que os quatro herdeiros mais velhos vivem em SP. “Desejo que todos morem na mesma cidade. Vou acabar indo para São Paulo quando me aposentar”, completa. A ideia de deixar os campos não parece distante. Com quase 17 anos de carreira, com passagens também pelo Corinthians, CSA, Benfica e Porto, ambos em Portugal, onde se naturalizou e defendeu a seleção do país, o atleta, nascido em São Bernardo do Campo, acredita que vá parar de jogar no tricolor carioca. “A vida me trouxe para o Fluminense. Tanto eu me identifiquei, quanto o clube e a torcida. Hoje caminho para o fim da carreira. Sinto que o momento está próximo e, como estou feliz, não me vejo me lançando em outro tipo de aventura em um lugar diferente”, avalia ele, que tem contrato até 2013.

– Quando parar, já tem noção do que vai fazer?

– Na minha profissão existe algo engraçado: quanto mais sei, menos valho e posso exercê-la. Sei quase tudo de futebol, mas o corpo começa a reclamar. E isso não acontece com advogados, médicos... É meio nostálgico. Tenho de iniciar uma nova profissão após ter feito outra coisa a vida toda.

– E do que você gosta?

– De gerir meus negócios, de participar de reuniões e decidir. Tenho procuradora, empresa de marketing e agência de mídia digital. Vou acabar ficando na gestão, me identifico e dá liberdade de horário para as crianças.

– Você vem procurando ajuda para mudar de ramo?

– Sou agenciado pela Arpoador Sports & Marketing, que gerência minha imagem, promove eventos e gera patrocínios para clubes.

– Como é sua personalidade?

– Sempre fui tímido, mas a profissão me ajudou a sair da toca. É engraçado, não? Para algumas coisas não sou tão envergonhado. Tive meu primeiro relacionamento com a Scylla, aos 18 anos. João nasceu e a vida foi seguindo, veio Pedro. Depois assumi um casamento com Jaciara e tive Yasmin e David. Jogador quando mora fora confunde a necessidade de companhia com o sentimento real. Já com a Ana foi diferente. Tinha a maturidade para saber o que eu queria. Não precisava ter alguém, mas desejava ter. O mais legal é ver que todas as decisões tomadas, certas ou não, geraram meus filhos, que são tudo na minha vida.