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HOMENAGEM DO PRÍNCIPE ALBERT A XUXA

Em Mônaco, com Sasha, ela chora com honraria pelo trabalho na sua Fundação

Redação Publicado em 09/12/2008, às 20h47 - Atualizado às 21h30

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Em 25 anos de carreira na TV, Xuxa Meneghel (45) coleciona troféus. O mais especial, no entanto, foi recebido há poucos dias das mãos do príncipe Albert II (50), na Noite das Associações, em Mônaco, pelo trabalho de 19 anos à frente da Fundação Xuxa Meneghel. A honraria, a mais alta distinção concedida a personalidades que se destacam na área assistencial, levou a apresentadora às lágrimas no jantar organizado por Franck Nicolas, presidente da Ordem Associativa de Mônaco, que reuniu 400 convidados, sendo 80 representantes de entidades locais, na Sala das Palmeiras do Sporting de Verão, em Monte Carlo. Vestindo saia da grife Tadashi e blusa by Jean-Paul Gaultier, a apresentadora chegou de limusine com Sasha (10), de modelito da Zara. Além de ser apresentada aos convidados através de folders que contavam a sua trajetória, também foi exibido um vídeo sobre a instituição que atende diariamente a 350 crianças carentes em Pedra de Guaratiba, Rio. Além de realizar trabalho social com jovens e adultos. Nesse momento, a emoção tomou conta de Xuxa, que precisou pedir para que Sasha lesse em seu lugar, em inglês, o discurso de agradecimento. "Já recebi muitos prêmios como artista. Mas é a primeira vez que ganho pelo reconhecimento de um ato que faço direto do coração", disse Sasha, com perfeição, comovendo o público que aplaudiu mãe e filha de pé. Principal homenageada da noite ao lado de Paul H. Stevers, fundador e presidente da CharityHelp International, Xuxa se sentou à mesa com o monarca. E recebeu dele o convite para que seja membro do conselho de honra da Ordem Associativa de Mônaco e que se responzabilize pela realização no Brasil de premiação semelhante. "Receber Xuxa é uma honra. Ela é uma extraordinária embaixatriz do Brasil por seu trabalho com os desfavorecidos", elogiou Albert. Antes da cerimônia, Xuxa e Sasha participaram de um coquetel privê a convite do príncipe, na residência do casal Luciana (35) e André de Montigny, cônsul do Brasil em Mônaco. Tanto Albert, como Paul Stevers e a baronesa Cécile de Massy, vice-presidente da Ordem Associativa de Mônaco, ficaram encantandos com a inteligência e a consciência social da filha de Xuxa e Luciano Szafir (39), que não pôde acompanhar a família por motivos profissionais. "O mundo precisa de mais crianças como a Sasha. E os governantes deveriam ouvi-las, assim tudo seria melhor", afirmou Paul. - Como foi a homenagem? - Foi como se estivessem condecorando minha filha. Mais do que um prêmio, foi o reconhecimento internacional de um trabalho sério que fazemos há 19 anos e mudou a vida de muita gente. Hoje, além das crianças, atendemos mais de 1000 pessoas, entre jovens e adultos. - Você já planejava ter a ajuda de Sasha para ler o discurso? - Escrevi o texto num papel, traduzi para o inglês e Sasha, que fala fluentemente, me ajudou colocando 'colas' com a pronúncia certa das palavras. Mas depois que mostraram o vídeo da Fundação e recebi o prêmio, me emocionei e não consegui falar. Aí Sasha leu, na maior tranqüilidade, linda. - Ela entende esse trabalho? - Sasha sabe da importância, conversamos muito. E ela já disse que quer continuar fazendo o que eu faço. Mas também acho que é muito cedo para ela ficar pensando nisso. Às vezes, quando falo de assunto feios, ela fica esgotada. Principalmente com notícias de que crianças são abusadas sexualmente, têm o céu da boca arrancado ou que os pais não param de bater. As estatísticas são horríveis. Duas crianças morrem de 10 em 10 horas vítimas de violência. Minha filha é muito nova, não consegue digerir que as crianças que estão lá são invisíveis para a sociedade. - O que falou com o príncipe? - Conversamos muito sobre a Fundação. E ele disse que conhecia bem o meu trabalho. E foi definido que em novembro de 2009 realizaremos um jantar como esse no Brasil para premiar os que trabalham para mudar a história de vida das pessoas. E o príncipe Albert confirmou presença. - Não demorou muito para ter esse reconhecimento? - Tudo vem na hora certa. De repente, não acontecia porque eu não divulgava a Fundação, com receio de expor as crianças. Mas agora estou aberta para isso. Talvez venham voluntários, pessoas que queiram somar. Já vamos ganhar do governo do Rio uma escola de ensino médio. - Quais são seus planos para o futuro da Fundação? - Nunca pedi dinheiro ou ajuda a outras pessoas. Mas, agora, quero que todos conheçam o trabalho para que possam me auxiliar. Não sei até quando vou poder fazer isso sozinha. E não queria deixar tudo morrer. Eu preciso que me ajudem a levar esse sonho à frente. Não quero deixar para o governo cuidar ou mesmo diminuir o número de pessoas atendidas. - Por que tanto carinho? - Tem gente que chega, me abraça e diz que cresceu lá. Parece que estou falando com uma pessoa da família, mesmo não sabendo o nome. Mas é uma imensa felicidade ouvir que alguém passou pela Fundação e hoje não bebe, não se droga, não fuma e está estudando. - O que achou de Mônaco? - Estive na cidade há uns 18 anos com Beco (apelido de seu ex Ayrton Senna), que disputava o Grande Prêmio de F1. Como ele venceu, lembro que fomos a um jantar oferecido pela realeza. Foi quando conheci Albert. Mas nunca esqueço também do Beco dando banho de champanhe nos príncipes após a prova (risos).