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A história de Patrícia Poeta revista em NY

Âncora do JN, Patrícia Poeta diz que a teimosia e a entrega são fundamentais em suas conquistas

Redação Publicado em 23/10/2012, às 10h10 - Atualizado em 31/10/2012, às 17h39

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A jornalista no Central Park, um ícone da cidade em que viveu por 5 anos, entre 2002 e 2007. - Luiz C. Ribeiro
A jornalista no Central Park, um ícone da cidade em que viveu por 5 anos, entre 2002 e 2007. - Luiz C. Ribeiro

A beleza, o carisma e a segurança são qualidades atribuídas a Patrícia Poeta (36) desde que apareceu pela primeira vez no Jornal Nacional, em 2000, como garota do tempo. Mas há uma outra palavrinha, muitas vezes erradamente encarada de forma pejorativa, que ela trata com muito carinho e foi fundamental para sua fulgurante ascensão: teimosia. Quem a acompanha desde o início da carreira, ainda na Bandeirantes, em Porto Alegre,sabe de sua entrega profissional. Quando se dispõe a fazer algo, é difícil convencê-la do contrário. “Aceito bem o adjetivo teimosa!”, diverte-se, durante passeio por Nova York. “Mas sou hipercrítica comigo. Não admito enfrentar qualquer desafio sem me preparar”, completa ela, que desde dezembro substituiu Fátima Bernardes (50) no Jornal Nacional, um dos postos mais cobiçados do jornalismo brasileiro. Por isso que a decisão de trocar o Fantástico, onde estava há quase cinco anos, pelo JN, foi encarada com tranquilidade.

“É uma mudança que exige muito do apresentador. Um é revista, o outro, notícias quentes. A entonação é diferente, a interpretação também. Os primeiros dez meses foram de aprendizado e adaptação. Mas, hoje, me sinto bem ao lado do William Bonner”, garante ela, também editora-executiva do jornalístico. É com a mesma serenidade que Patrícia recebe elogios à sua beleza, mesmo de fãs notáveis, como o escritor gaúcho Luis Fernando Veríssimo (76). Ele não só a transformou em musa de crônicas como chegou a alardear a existência da AAPP – Associação dos Adoradores da Patrícia Poeta. “Não me acho especialmente bonita. Sou comum. Na verdade, nunca me preocupei com isso”, ressalta ela, que nasceu em São Jerônimo, RS.

A escalada profissional levou Patrícia também a virar uma cidadã do mundo. E foi a pedido dela própria que o ensaio de fotos para CARAS foi feito em Nova York, onde viveu cinco anos e trabalhou como correspondente da Globo. “A cidade é um capítulo especial para mim. Mexeu com a vida profissional, familiar, com crescimento pessoal. Aqui me tornei mãe”, lembra, referindo-se a Felipe (10), da união de dez anos com Amauri Soares (46), diretor de Projetos e Eventos Especiais da Globo. Pelos dois, encara até partidas de futebol e vôlei. “Quebrei um dedo da mão. Por isso, estou afastada das quadras temporariamente”, brinca ela, que nega os rumores de que estaria grávida.

– Você parece ser uma mãe e esposa bem participativa... 

– São dois homens em casa com perfis parecidos, esportistas, ativos. Aprendi como é importante estar com eles nas atividades. Até mergulhar com tubarões, já fiz. O futebol está sempre presente. No Rio, somos Botafogo e, no Sul, Inter.

– O que acha essencial para uma união duradoura?

– Casamento é olho no olho, todo dia. A Patrícia de hoje não é a mesma de dez anos atrás. E, se isso é verdade para mim, vale também para meu marido. Então, preciso estar atenta às mudanças dele e, ele, às minhas. 

– Qual a importância de Nova York na sua vida?

– Aqui meu filho nasceu, aprendeu a falar, a andar. Foi onde, por dois anos, parei de trabalhar e retomei os estudos. Fiz mestrado em cinema digital, que ajudou na preparação para o que veio depois.

– Seu parto foi difícil. Se fosse hoje, teria feito no Brasil?

– Nos EUA só fazem cesariana em caso de urgência. O meu virou recomendação médica após 12 horas de trabalho de parto. Sem anestesia! Mas não me arrependo, faz parte da minha história. Só confesso que sofri um bocado!

– Felipe se adaptou ao Rio?

– Ele viveu em Nova York até os 5 anos, quase não falava português. Mas, quando chegou ao Rio, foi amor à primeira vista. Adora futebol, pegar onda. Nos tornamos uma família unida e apaixonada. Acho que o tempo como imigrantes ajudou a criar este vínculo.

– A teimosia sempre ajudou?

– Meu marido diz: quando quero algo, mesmo que não seja concreto, crio a imagem na cabeça, como cena de filme. Depois, vou em busca da realização, o mais difícil. Exige persistência, aplicação. Logo que me formei, no Sul, fui para a Band. A diretora de jornalismo era a Ligia Tricot, minha professora, até hoje uma conselheira, por quem tenho gratidão pela forma generosa como me ensinou os primeiros passos. Após um tempo, me achei pronta para trabalhar em uma cidade maior. Gravei uma fita com reportagens e mandei para várias emissoras. Desde então, são 12 anos de Globo.

– Como analisa estar num posto tão almejado?

– O que penso muito é na enorme responsabilidade. O JN é uma das mais importantes fontes de informação do país, nos últimos 11 anos foi indicado oito vezes ao Emmy, o maior prêmio da TV. Então, tudo o que a equipe faz, leva em conta esse compromisso. 

– Como mantém a forma?

– Caminhada ou corrida e musculação. Quando preciso emagrecer, sigo uma dieta em que posso comer até brigadeiro, o que amo. O segredo está no tamanho das refeições: porções reduzidas.

– Você tem boa autoestima?

– Quando a gente é feliz, com as pessoas que amamos e nos amam, não há como não estar bem.