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ANA ROSA E A ROTINA DE SUPERAÇÕES

EM FAMÍLIA, ATRIZ FESTEJA 60 ANOS DE CARREIRA E SE REFAZ DA MORTE DO MARIDO

Redação Publicado em 15/12/2006, às 10h07

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Na sala de casa, Rio, a atriz de Bicho do Mato encontra o conforto das filhas Ana Beatriz e Maria e da neta Ana Carolina
Na sala de casa, Rio, a atriz de Bicho do Mato encontra o conforto das filhas Ana Beatriz e Maria e da neta Ana Carolina
por Carlos Lima Costa No picadeiro do circo de seu avô, com 15 dias de vida, Ana Rosa (64) recebeu pela primeira vez os aplausos de uma platéia. Mas para a veterana atriz - no ar em Bicho do Mato, na Record -o início de sua trajetória ocorreu somente quatro anos mais tarde, quando pela primeira vez teve um personagem com falas. O ano de 2006 tinha, então, tudo para ser um período de festa pelos 60 anos de carreira. "Tudo foi válido. Cada etapa foi um aprendizado para a fase seguinte", avalia, em sua casa, no Rio. Mas a lembrança que a atriz guardará para sempre de 2006 é a de um dos momentos mais dolorosos de sua vida em razão da morte do ator Guilherme Corrêa, de enfarte, aos 75 anos, com quem estava casada havia 31 anos. "Nós espíritas nos preparamos para a perda dos entes queridos. A partida dos mais velhos é quase natural. Mas foi doloroso me adaptar a essa realidade. Na verdade, aprendemos a conviver com a perda, a falta, mas nunca a superamos", reconhece ela, dez meses após viver o drama. Para superá-lo, além da religião, ela buscou conforto na família. "Minha mãe é bem ativa, não dá tempo para a solidão chegar. Mas tentamos todos ajudar a sanar esse vazio",conta Ana Beatriz Corrêa (25), caçula dos quatro filhos naturais da atriz, que adotou mais quatro. Nos últimos meses, Ana Rosa também afasta a tristeza com trabalho. Além de viver a Jurema em Bicho do Mato - personagem com a qual diz se assemelhar na garra para recomeçar -, está em cartaz com a peça Violetas na Janela, no Teatro Vannucci, Rio, ao lado das herdeiras Ana Beatriz e Maria Leone Santana (44) - filha do comediante Dedé Santana (70), seu primeiro marido - e da neta Ana Carolina (12). "Babo com meus netos. Mas não sou o tipo de avó que deseduca", garante ela, que no passado precisou superar outros dois momentos difíceis: a morte dos filhos Maurício, com apenas 1 ano, de leucemia, seu primogênito com Dedé, em 1960; e Ana Luisa (a primeira da união com Guilherme), de atropelamento, em 1995, às vésperas de completar 19 anos. "Se não freqüentasse um centro kardecista, teria sido muito mais difícil passar por essas perdas", ressalta. - Você é espírita, chegou a ter contato com os filhos ou Guilherme após a morte deles? - Há três anos, um médium viu uma moça sentada no meu colo e descreveu a minha filha. Me arrepiei! E, quando completou dois meses que o Guilherme havia desencarnado, eu o vi na minha sala de aula. Ele estava com seu boné cinza, camisa de manga curta e calça bege. Foi uma sensação de paz. - Você leva uma vida solitária? - Em termos de companhia, não. Meus amigos e minha família sempre me solicitam. E tenho rotina de trabalho e estudo movimentada. Curso a faculdade de cinema. Quero, inclusive, transformar em filme a peça Violetas na Janela. Vou dirigi- lo nem que esteja com 70 anos. - Ainda pensa em viver uma nova relação? - Guilherme foi um grande companheiro durante 31 anos de vida em comum. Ele me faz uma falta imensa. Nas fases mais difíceis, ele me apoiou. Então, nem pensar em ter outro homem. A necessidade sexual eu já superei. Felizmente, passei dessa fase da menopausa. Então, a gente sossega o facho, esfria um pouco. Beleza: Duh. FOTOS:ELIANE COSTER