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Paula Fernandes conta como venceu a depressão e revela: 'Não fui uma menina comum'

Em entrevista ao 'Fantástico', Paula Fernandes relata sua luta contra a depressão, conta como venceu a doença e revela como seu problema de saúde impulsionou sua carreira

Redação Publicado em 23/02/2013, às 19h05 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Paula Fernandes - Bill Paparazzi/Divulgação
Paula Fernandes - Bill Paparazzi/Divulgação

Quem vê Paula Fernandes (28) brilhando nos palcos do Brasil e do exterior, sempre sorridente, não consegue imaginar pelo que ela já passou. A cantora teve depressão, mas não acreditava que uma menina de 17 anos pudesse ter essa doença. Durante cerca de três anos, ela deu uma pausa na carreira musical para se cuidar e fez até curso de secretariado para vencer o distúrbio, que chegou acompanhado de crises de pânico e o simples barulho de sirene a deixavam mal.

“É um choro que não cessa, um sono e um apetite que não voltam”, disse ela em depoimento ao Fantástico para o quadro Males da Alma.

Foi por causa da falta de prazer e do sentimento de tristeza profunda, características da doença, que Paula Fernandes chegou à conclusão de que algo estava errado. “Percebi que alguma coisa não estava bem, perdi o apetite, quase não dormia, chorava muito e vivia angustiada”, contou ela, que acredita que teve depressão por causa de seu estilo de vida quando muito jovem. “Eu não fui uma menina comum. Em vez de ir às festinhas, eu era o evento. Eu sentia falta de algo que não sabia o que era. Me relacionar com as pessoas, ter um namorado. Eu não culpo ninguém, mas foi uma consequência das minhas escolhas pela carreira”.

O primeiro sintoma que a sertaneja percebeu foi aos 16 anos, oito anos após iniciar a carreira e receber muitos ‘nãos’ ao longo de sua trajetória. Durante a adolescência, ela sentiu falta de uma vida ‘normal’. “A primeira lembrança que eu tenho é de quando eu tinha 16 anos e comecei a ter uma pequena arritmia. Ninguém acreditava que isso poderia ser sintoma de uma crise de pânico”.

Depois de aceitar o tratamento, Paula começou a tomar os remédios. “A fase mais difícil é a que você está ignorante sobre o que está sentindo. Acha que vai morrer e não sabe o que está acontecendo. Outra fase é a em que você começa a melhorar, mas não acredita nisso até tomar confiança”, relatou.

A cantora deixou o quadro depressivo há cerca de dez anos, mas até hoje faz terapia e se preocupa em manter uma vida saudável. Para ela, o mais importante é acabar com o preconceito e assumir a doença. “Para aquelas que desconfiam, a primeira coisa que tem que fazer é perder o preconceito. E para aquelas que já descobriram, é continuar o tratamento. O preconceito é o maior dos problemas. Qualquer pessoa pode ter depressão e muita gente jura de pé junto que não tem. Isso é um dos maiores problemas!”.

Segundo ela, caso não tivesse aceitado o tratamento, tudo poderia ser diferente hoje. “Eu não estaria aqui, teria feito alguma bobagem”, disse ela, que afirma nunca ter pensado em se matar. “Eu nunca teria coragem, e uma coisa que não perdi foi a consciência”.

Após a depressão, Paula considera que a doença foi um impulso em sua carreira. “Infeliz, nunca fui; eu fiquei doente”, finalizou.