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Conheça Felipe Pezzoni, o novo vocalista da banda Eva

Aos 28 anos, Felipe Pezzoni substitui Saulo Fernandes nos vocais da banda Eva e dá uma nova cara ao grupo que revelou grandes nomes da música baiana e brasileira, como Daniela Mercury, Ivete Sangalo e Emanuelle Araújo

Paola Donner Publicado em 24/02/2013, às 03h57 - Atualizado em 17/03/2020, às 15h51

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Felipe Pezzoni, novo vocalista da banda Eva - João Passos/Brasil Fotopress
Felipe Pezzoni, novo vocalista da banda Eva - João Passos/Brasil Fotopress

Na noite deste sábado, 24, em uma festa pós-carnaval realizada em um clube de São Paulo, Felipe Pezzoni (28), novo vocalista da banda Eva, subiu ao palco pela quarta vez no comando do tradicional grupo baiano. Poucos minutos antes de se apresentar, o substituto de Saulo Fernandes (35) recebeu a CARAS Online em seu camarim para falar de sua nova realidade musical.

Com um visual totalmente diferente de seu antecessor, Felipe traz uma nova identidade para a banda Eva, que passou por uma reformulação completa e agora conta com uma nova trupe de músicos. “O legal é dar essa oportunidade de visibilidade para novos músicos, galera nova e talentos que querem seu lugar ao sol e que agora estão numa banda boa”, disse o artista.

Apaixonado por música desde a infância e fã da banda Eva há anos, ele celebra a forma carinhosa como foi recebido pelos fãs acostumados com mudanças, já que, ao longo dos 33 anos de história, o grupo musical teve oito vocalistas, entre eles Daniela Mercury (47), Ivete Sangalo (40) e Emanuelle Araújo (36). “Toda mudança, principalmente no início, causa estranheza, é algo meio conturbado. Mas eu estranhei o modo como foi a receptividade dos fãs do Eva, o que também se deve à maneira como foi essa transição: tranquila e muito natural. Claro que sempre tem alguns que falam mal, mas no geral está melhor do que esperava. Me preparei para o pior [risos]”.

- Como começou a carreira?
Comecei muito cedo, aos 10 anos, tocando percussão com meu pai, que tocava percussão como hobby. Aos 13 toquei na minha primeira banda, que era com amigos, e então, aos 15, comecei a cantar e não larguei mais o microfone. Passei por diversos projetos, até por outros estilos musicais até 2011, quando, com toda essa bagagem, decidi montar uma banda chamada Mil Verões, junto com um amigo meu, Marcelinho Oliveira. Esse foi um divisor de água nas nossas vidas porque era um trabalho bastante autoral, com bastante personalidade. O projeto teve bastante destaque, principalmente em Salvador, aí o Ricardo Martins, diretor do Eva, viu nosso show, gostou do show e do nosso CD, e nos convidou para poder fazer parte do casting do grupo Eva. Além disso, o grupo Eva passou a administrar a carreira da banda Mil Verões, que era uma banda independente. Então, em uma das reuniões que a gente foi, achando que ia tratar de assuntos da Mil Verões, eles lançaram o convite para a gente representar esse novo ciclo do Eva. Foi muito legal, me senti muito honrado por poder representar uma banda com uma história tão bonita. Estou amarradão

- Você era fã da banda Eva?
Sempre fui muito fã da banda Eva. Tem uma coisa que é muito engraçada: meu primeiro CD, ainda na época da fita cassete, ganhei no amigo secreto da escola o CD do Eva, na época que Ivete Sangalo era vocalista, o álbum com Ivete no vocal. Tive que esperar o aparelho de som chegar em casa para poder escutar, porque o que tocava CD ainda não tínhamos. Depois que chegou o aparelho, ouvia sem parar e foi aí que me apaixonei pelo axé. Comecei a tocar percussão em cima das músicas só ouvindo o CD do Eva. Depois disso vieram Emanuelle Araújo e Saulo Fernandes nos vocais... Sempre admirei muito o trabalho do Eva, toda obra. Me identifico muito com todo o som da banda, com essa coisa do romântico. Até mesmo as músicas mais ‘pra frente’ falam de amor, têm uma pegada romântica, então fica fácil trabalhar assim, quando você gosta e se identifica com o projeto.

- Algum dia você imaginou que seria vocalista da banda Eva?
Sempre almejei meu lugar ao sol, independente de ser no Eva ou não. Eu aspirava que minha música chegava até o público, mas nunca coloquei como meta o fato de cantar na banda Eva. Independente da banda, eu queria que minha banda chegasse ao povo. Agora, a música que a gente produz vai começar a chegar onde a gente queria e me sinto realizado com isso. Vamos procurar, cada vez mais, fazer coisas boas, tocar a nossa essência, tocar o que nos emocionar de verdade para poder proporcionar ao público música de verdade.

- Quais são suas expectativas?
A cabeça fica fervilhando... Às vezes queremos atropelar tudo, mas cada coisa tem seu tempo. Estou muito tranquilo, muito focado no que quero fazer, no que quero propor ao público do Eva e ao público em geral ao lado dos meus companheiros, e o principal é fazer música boa e fazer nossa verdade, tocar a nossa onda mesmo. Trabalho, trabalho, trabalho... E curtição também, porque quando você trabalha fazendo o que gosta, você curte também.

- Como se sente fazendo seu primeiro show como vocalista da banda Eva em São Paulo?
É muito legal. Cada show tem sido muito importante para mim, cada conquista, desde o primeiro, realizado em Salvador na quarta-feira de cinzas, nossa estreia, até cada lugar que a gente vem passando. Todos têmum significado bacana. Poder, logo nesse primeiro mês, tocar numa cidade como São Paulo é maravilhoso. Hoje iremos fazer um grande show, assim como a gente vem fazendo. Vamos mostrar tudo o que a gente vem aprontando nesse tempo desde o anúncio da nova banda até aqui e estou ansioso para subir no palco logo e mostrar essa nova cara, novo ciclo do Eva.

- Tem alguma música da banda como sua favorita?
Tem várias músicas do Eva, várias delas marcaram momentos muito importantes da minha vida. Em relacionamento sempre tinha uma musiquinha do Eva que lembrava da ex-namorada e tal, de momentos que vivenciei, mas tem uma música em específico que se tornou um hino do carnaval baiano, que é Eva. Essa é uma música que se tocar 40 vezes vou me arrepiar as 40 vezes. Eu cantava na minha banda anterior e me arrepiava do mesmo jeito. E, agora, como um represente dessa música de do Eva, poder cantar e poder receber energia do público é algo mágico, é muito legal.

- Como você se preparou fisicamente para ser tornar o vocalista da banda?
A preparação vem desde o anúncio, em novembro. Como axé é um ritmo bem puxado, que exige bastante do artista, vim fazendo exercícios com acompanhamento de personal. Além disso, pego onda também, estou fazendo boxe e exercícios que me dão resistência para encarar uma micareta, uma puxada de trio. Acho importante estar bem, com um preparo físico bacana, para poder ter um bom desempenho no palco.

- Os fãs estão acostumados com mudanças na banda Eva, mas certamente alguns demoraram para aceitar. Como você se sentiu e como estão as críticas?
Toda mudança, principalmente no início, causa estranheza, é algo meio conturbado. Mas eu estranhei o modo como foi a receptividade dos fãs do Eva, o que também se deve à maneira como foi essa transição tranquila e muito natural. Claro que sempre tem alguns que falam mal, mas no geral está melhor do que esperava. Me preparei para o pior [risos]. As críticas estão boas, no geral estão tranquilas. Estão me recebendo muito bem e estou tranquilo.

- Mas não é apenas você a mudança da banda Eva...
Saulo levou todo mundo com ele e a gente montou com uma nova galera muito talentosa, muitos até da mil Verões. O legal é dar essa oportunidade de visibilidade para novos músicos, galera nova e talentos que querem seu lugar ao sol e que agora estão numa banda boa.

- Já tem planos para lançar um novo CD ou DVD?
A gente estava se preparando para o show, que foi um período muito curto. Tivemos três meses para montar um show, que já queríamos que viesse com a nossa identidade, então foi bem curto o prazo. Ensaiávamos em média 6h por dia, quase uma micareta por dia, mas graças a Deus deu tudo certo. Agora, montado o show, já estamos compondo muita coisa e vamos começar a nos preocupar em relação a CD, DVD e o que vier pela frente.