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Morre aos 75 anos o cantor Jair Rodrigues

Cantor morreu em Cotia, interior de São Paulo, onde morava

CARAS Digital Publicado em 08/05/2014, às 10h56 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Jair Rodrigues - Ag. News
Jair Rodrigues - Ag. News

O cantor Jair Rodrigues morreu na manhã desta quinta-feira, 8, aos 75 anos, em Cotia, no interior de São Paulo, onde ele morava. A informação foi confirmada pela produtora JRC Produções à CARAS Digital. Ele foi encontrado por volta das 9h30 da manhã na sauna de casa.

Segundo a assessoria de imprensa do artista, não se sabe ainda se o cantor morreu à noite ou pela manhã, já que ele estava sozinho em casa. A causa da morte ainda não foi confirmada. Fontes ligadas ao cantor acreditam que ele tenha tido um mal súbito.

Jair Rodrigues é pai de Jair de Oliveira e Luciana Mello, que também seguiram carreira musical. Segundo a assessoria do cantor, os dois já estão na casa de Jair junto à mulher dele, Claudine Rodrigues. A família está muito abalada. Os quatro netos Tony e Nina, da união de Luciana com o fotógrafo Ike Levy, e Isabella e Laura, filha de Jairzinho e da atriz Tania Khalill, também estão na casa.

O cantor Simoninha, grande amigo da família, também está em Cotia prestando apoio. "A alegria é o grande legado dele. Ele ajudou a gente nos momentos mais difíceis. Um cantor e um ser humano mais próximo de um anjo que eu conheci", disse o cantor chorando à Globo News. A perícia e um carro funerário já estão no local para retirar o corpo.

Ainda de acordo com a assessoria do cantor, ele não tinha problemas de saúde e estava cumprindo normalmente sua agenda de shows e dibvulgação do novo CD Samba Mesmo, lançado em março. A última apresentação foi no dia 6 de abril, no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, com ingressos esgotados. Ele também dividiu o palco com o filho, Jair Oliveira, em um show em comemoração aos 30 anos de carreira do rapaz, em São Paulo, no dia 30 de abril. Segundo o site oficial do cantor, o próximo show estava marcado para 24 de maio em São Paulo. Havia ainda apresentações agendadas em Santa Catarina e Minas Gerais.

Filha do cantor, Luciana Mello se pronunciou a respeito da morte do pai e agradeceu o carinho. "Quero agradecer, de coração, o imenso carinho que estamos recebendo! Em breve falaremos com todos. Só pedimos que respeitem nossa privacidade nesse momento tão difícil e sofrido... Muito obrigada!!", afirmou.

Jair Oliveira, filho do cantor, também se pronunciou.  "Um amor gigantesco!! Tive a honra de conviver e aprender com a alegria de um anjo!!! Estamos todos muito emocionados e tentando entender este momento e agradecemos todo o carinho prestado. E muito obrigado, meu pai, por toda sua luz! Descanse em paz", afirmou o rapaz, que pouco depois foi fotografado ao chegar ao IML de Cotia, região metropolitana de São Paulo.

Por volta das 14h30, o corpo do cantor deixou o IML rumo à Assembléia Legislativa de São Paulo, onde o corpo será velado.

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A produção do cantor comunicou a morte no perfil oficial no Facebook.

O rei da música negra

Jair Rodrigues nasceu em Igarapava (SP), no dia 6 de fevereiro de 1939. Ele começou sua carreira nos anos 1950, atuando como crooner em casas noturnas do interior de São Paulo, e conquistou sucesso nos anos 1960, em programas de calouros. Gravou seu primeiro disco em 1962, com duas músicas para a Copa do Mundo do mesmo ano “Brasil sensacional” e “Marechal da vitória.

Jair atingiu grande popularidade com os LPS “Vou de samba com você” e “O samba como ele é”, lançados em 1964. A música “Deixa isso pra lá” fez grande sucesso e se tornou um dos principais hits de sua carreira.

Em 1965 iniciou sua parceria com a estreante Elis Regina, com quem fez muito sucesso no programa O Fino da Bossa, na TV Record.  Em 1966, Jair participou do festival daquele ano com a música Disparada, de Geraldo Vandré e Théo de Barros, desta vez em conjunto com o Quarteto Novo. Conhecido por cantar sambas, ele surpreendeu o público com uma bela interpretação da canção. Disparada e Banda, de Chico Buarque e interpretada por Nara Leão, eram as favoritas. O festival acabou empatado. A partir daquele momento, sua carreira decolou e seu talento assegurou décadas de sucesso ao cantor. Lançou um álbum por ano e interpretou sucessos como O Menino da Porteira, Boi da Cara Preta e Majestade o Sabiá. Realizou turnês pela Europa, Estados Unidos e Japão. Em 1971, gravou o samba-enredo Festa para um Rei Negro, da Acadêmicos do Salgueiro, do Rio de Janeiro. Nas décadas seguintes, sua produção diminuiu de volume; entretanto, continua conhecido por sua grande energia e sua alegria contagiante. 

Em 2006 Jair foi o Artista homenageado no 4º Prêmio Tim de Música, no Rio de Janeiro. No mesmo ano ele foi indicado ao Prêmio Grammy Latino, na categoria Álbum de samba Brasileiro com o Álbum “Alma Negra”.

É considerado pela crítica músical brasileira e internacional o Rei da Música Negra, já sendo conhecido internacionalmente, é um dos músicos brasileiros mais conhecidos do mundo.

Veja Jair Rodrigues em família:

O making of da gravação do último CD de Jair:

Deixa Isso Pra Lá:

Disparada: