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Vanessa Gerbelli comemora 15 anos de carreira em nova novela 'Sete Vidas'

Ela fala ainda do tabu de amar alguém mais novo, o ator Gabriel Galvão, e da paz conquistada como mãe

CARAS Digital Publicado em 08/01/2015, às 17h02 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Vanessa Gerbelli - RENATO VELASCO/RENATO M. VELASCO COM. E FOTOG
Vanessa Gerbelli - RENATO VELASCO/RENATO M. VELASCO COM. E FOTOG

Em março, a atriz Vanessa Gerbelli (41) retorna à TV na próxima trama das 6 da Globo. Com Sete Vidas, vai comemorar 15 anos desde que atuou em sua primeira novela, O Cravo e a Rosa, na emissora. “A evolução é galopante. Tive ótimas experiências, trabalhei com diretores muitos bons na TV, no teatro e no cinema. Essa experiência vai nos tornando mais interessantes. Mas nessa profissão o aprendizado não tem fim”, avaliou, na Ilha de CARAS. Durante seu mais recente trabalho, a novela Em Família, onde foi um dos destaques como Juliana, mulher desequilibrada pela frustração de não ter filho, ela recebeu elogio de Manoel Carlos (81). O autor disse que a considerava uma das melhores atrizes do mundo. “Me senti lisonjeada. É surpreendente um autor dizer isso pessoalmente, o que dirá publicamente. Sou eternamente grata a ele. Sem querer jogar confete, é um grande dramaturgo”, ressaltou a atriz. Enquanto não grava a nova trama, Vanessa aproveita para curtir mais o filho, Tito (7), do casamento com o ex, o diretor Vinícius Coimbra (43). “Em uma novela como a que passou, via pouco meu filho. Quando gravo, faço um mea culpa, admito que vou estar pela metade ou um terço disponível. Ser mãe, às vezes, é difícil”, contou. Outra parte do seu tempo é dedicada ao namorado, o ator Gabriel Falcão (24), 17 anos mais novo, com quem se relaciona há cerca de um ano.


– Independentemente da idade do Gabriel, o seu filho,Tito, lida bem com o fato de ver a mãe namorando um homem que não é seu pai?
– Ele aceita, sim, responde bem a isso. Tito é amoroso, de alguma forma se sente acolhido, é uma criança fácil nesse sentido.

– Você já declarou que percebeu um preconceito dos outros em relação ao namoro com Gabriel. Ainda sente isso?
– Não mais. Isso aconteceu quando a imprensa começou a falar que estávamos namorando. Fiquei um pouco espantada com a quantidade de notícias, de como a curiosidade das pessoas ficou nessa tecla da diferença de idade, que realmente é incomum.

– Aceitam melhor quando o homem é mais velho...
– É verdade. E acho que nisso existe um pouco de machismo.

– Para você essa questão sempre foi natural ou quando se envolveram custou a aceitar?
– Confesso que foi algo que me preocupou. Achei que não, mas tinha esse preconceito. É que, na verdade, essa situação nunca havia sido colocada na minha vida. Quando Gabriel surgiu, realmente pensei duas vezes. Não achava impraticável o relacionamento, mas pensava no futuro da relação, que logo iríamos perceber que não tinha nada a ver, que as diferenças começariam a gritar. Mas não apareceram. Pelo contrário, nossas afinidades surgiram e tornaram o namoro possível.

– Continuam namorando ou já estão morando juntos?
– Somos namorados.

– De que forma a maternidade mudou sua vida?

– Transformou profundamente. Ela me fez ressignificar tudo ligado ao afeto, passei a enxergar de outra forma por causa dele. Meu estresse diminuiu, a ansiedade baixou. Ansiedade mesmo de querer que tudo dê certo, sei lá, as mínimas ambições foram modificadas.

– Que tipo de mãe você é?
– Tito diz que sou a melhor mãe do mundo, mas que, às vezes, sou brava. Nada melhor do que as palavras dele. Quando preciso ser firme, sou mesmo.

– Você sempre quis ser mãe?
– Era um sonho de criança. Naquela época, já não tinha dúvidas de que um dia teria um filho. Quando comecei a atuar, a estar no palco, acabei vendo a maternidade como um obstáculo para o trabalho. Mas chegou a um ponto em que conversei com o Vinícius e fizemos um acordo. Ele queria muito também ter um filho, já estávamos casados há um tempo, então, foi um projeto dos dois.

– Você se vê muito no Tito?
– Em praticamente tudo. É engraçado! Fisicamente, acho o Tito muito parecido comigo e na personalidade, também. É meio temperamental, engraçado, divertido e terno. Sou assim, amorosa com os amigos, com a família.

– Deseja ter outro filho?
– Gostaria, mas agora não estou pensando nisso. O Tito pede, mas entende. Vamos adotar um cachorro, ele vai ficar feliz.

– Sempre elogiam sua boa forma. Sua a camisa para mantê-la?
– Não vem pela natureza. Agora, não posso negar que respondo bem aos exercícios. Tem gente que malha e custa muito a manter a forma. Se ficar ociosa, eu engordo, não fico bem, mas gosto de me exercitar, tenho prazer nisso. De uns anos para cá, consegui adquirir uma constância. Faço treinamento funcional, yoga. Até há bem pouco tempo praticava balé. Sem gravar, faço todo dia. Mas quando estou gravando novela é difícil. Parece que somos abduzidos para outro planeta. Minha personagem em Sete Vidas é bem bacana, é mais leve que a anterior. Marina viaja o mundo fazendo resenhas de hotéis, pousadas para um guia turístico. E foi namorada do Miguel, papel do Domingos Montagner, protagonista da história. Volta com sentimento grande por ele, mas se é correspondida, a gente não sabe, é um cara complicado. Mas minha participação é menor. Então, acho que dessa vez consigo manter a minha rotina.

– Você lida bem com a questão da idade?
– Se você se mantém em forma, retarda a frustração de ver seu corpo se transformar. Ninguém quer morrer, qualquer sinal de que a morte está ficando mais perto é aterrorizante. Com o passar dos anos, o corpo vai mudando. Se você trabalhar bem a cabeça, não vai ficar insatisfeita. Estou tranquila.

– Além do trabalho em dramaturgia, você é artista plástica?
– Sim, comecei a pintar com 17 anos, me formei em Belas Artes. Pinto acrílica sobre tela, figura humana. Sempre desenvolvi esse lado paralelo à profissão de atriz. Agora em janeiro, vou estar com duas obras em uma exposição no Museu Histórico Nacional, no Rio. Faço parte de um grupo de artistas da Galleria Ava, que tem filial na Finlândia e no Brasil. Por causa dela, já expus na Finlândia, Nova York e Portugal. Eles querem promover uma troca entre artistas brasileiros, europeus e escandinavos. Faço por prazer, mas quando gravo novela não produzo nada.