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Na Ilha de CARAS, Tainá Müller fala sobre momento profissional e pessoal

Destaque da trama global como uma fotógrafa homossexual, Tainá conta que tudo em sua trajetória “sempre foi um processo”, mas vive seu momento mais tranquilo e feliz

CARAS Publicado em 28/05/2014, às 17h25 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Tainá Müller - César Alves; Beleza: Duh
Tainá Müller - César Alves; Beleza: Duh

Quando perguntada sobre os caminhos que a levaram ao papel de destaque na novela Em Família, responsável por criar expectativa no público por mais um beijo gay no horário nobre, Tainá Müller (31), intérprete da fotógrafa Marina, responde realçando características de sua personalidade. “A caminhada foi complexa. Eu sou muito complexa. Tudo na minha vida sempre foi um processo, mas é bom ser assim. Gosto das contradições humanas, elas dão uma carga dramática à nossa vida”, explica, na Ilha de CARAS. Em seu grande momento profissional depois de sete anos de carreira, cinco novelas na Globo, trabalhos alternativos e bem-sucedidos no cinema, a atriz valoriza as conquistas. E afirma que, após uma trajetória com algumas crises existenciais, hoje, finalmente, pode dizer que está satisfeita. “Pelo menos por enquanto!”, sorri Tainá, que já foi modelo internacional na Tailândia e jornalista. “O ser humano é cheio de angústias e temos de aprender a lidar com elas. Ainda brigo com as minhas. Mas agora sinto que estou onde deveria estar e me atreveria a dizer que estou vivendo o meu momento mais tranquilo e feliz”, festeja, destacando que a personagem homossexual da trama de Manoel Carlos (81) e a parceria com Giovanna Antonelli (38) a fizeram “perder o chão”. “Há algum tempo queria interpretar na televisão alguém como a Marina. Uma mulher não-óbvia, intensa, densa. A orientação sexual dela não faz diferença alguma. Amor é amor. Ela se entrega e batalha por esse sentimento. Também sou assim. Amo com muita intensidade”, destaca. E foi a força do seu amor que fez Tainá realizar uma cerimônia de casamento secreta e superíntima com o diretor de TV da Globo Henrique Sauer (35). Os dois se relacionam há cerca de um ano e meio e, em outubro de 2013, se uniram em ritual xamânico em uma gruta na península de Yucatán, no México. “Foi só para nós dois, contamos para nossas famílias na volta da viagem. Nos olhamos e fizemos declarações um para o outro”, revelou ela.

– Por que tanto segredo e discrição sobre o casamento?

– Nós temos de ser cuidadosos com a nossa vida e com quem está com a gente. Não vejo vantagem em me abrir em demasia. É importante manter o mistério.

– E como é a sua relação com Henrique?

– Ele me faz muito feliz, sinto como se Henrique fosse o meu melhor amigo de infância.

– Mesmo o beijo gay já tendo ido ao ar em Amor à Vida, entre os personagem de Matheus Solano e Thiago Fragoso, a expectativa pelo beijo de Clara e Marina é grande. Está ansiosa?

– Nas novelas, cenas mais explícitas ainda não são batidas. Então, geram curiosidade. Ainda não sei se terá beijo. Depende do Maneco. Mas, se rolar, estou preparada. Achei o beijo dos dois lindo, mas as nossas histórias são diferentes... Pensando bem, isso tem de ser natural. Pensar de outra forma seria preconceito. A sexualidade dela para mim é o de menos. Estou empolgada com essa história bonita de amor, como o amor pode ser imprevisível e acontecer. Isso é tão bonito... E a minha preocupação é contar com sinceridade, honestidade e entrega.

– Que tal a sua parceria com Giovanna Antonelli?

– Ela é muito talentosa, entregue, espontânea. É uma escola!

– Como você se preparou para interpretar a Marina?

– Já tinha feito curso de fotografia na faculdade de Jornalismo e também participei de alguns workshops. Gosto de artes visuais, mas não sou de fotografar tudo e colocar nas redes sociais. Nada dessas coisas de clicar o almoço e postar em seguida. (risos) Também assisti a filmes sobre o amor entre mulheres como Azul é a Cor Mais Quente e conversei com muitas homossexuais.

– Por que você decidiu abandonou o jornalismo?

– Não me encontrei na carreira. Queria contar histórias de ficção, que emoldurassem a realidade de forma mais impactante. Preciso de algo mais lúdico. Na atuação, realmente, me encontrei, porque é um trabalho de empatia, e isso me apaixona. Interpretar me proporciona uma investigação sobre o ser humano, algo que me interessa muito e que me levou a procurar a psicanálise. Faço terapia há dez anos, é bom ter um espaço para a reflexão. E eu gosto das contradições humanas, elas dão carga dramática à nossa vida, mas têm sua poesia. A angústia faz parte da gente. O primeiro passo é aprender a lidar com ela.

– Você também canta?

– Brinco de cantar e já fiz uma participação em um disco do Otto. Mas tenho muito a aprender.

– Sua boa forma também vem chamando a atenção na novela. Como se cuida?

– É bastante simples: ter disciplina. Não como lactose e, atualmente, faço pilates. Peso 52kg em 1,69m de altura.

– Você tem algum projeto para depois da novela?

– Este ano, no segundo semestre, estreio no cinema a comédia As Fantásticas Aventuras de Um Capitão, de Marcos Jorge, baseado no livro Os Velhos Marinheiros, de Jorge Amado. Interpreto duas personagens, uma dama da sociedade que apanha e uma dançarina de cabaré. Tive aulas de tango para o filme.