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Lucy Alves: “A mulher hoje é forte, independente, segura"

Ela fala sobre a novela 'Velho Chico': "Acredito que essa novela me levou para a fase adulta"

Luciana Marques Publicado em 20/03/2017, às 10h57

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Artista desde os 4 anos, Lucy Alves curte suas vitórias à beira-mar - Rogério Pallatta
Artista desde os 4 anos, Lucy Alves curte suas vitórias à beira-mar - Rogério Pallatta

A leveza com que toca sua sanfona de 11kg já dá a noção da força de Lucy Alves (30) como artista e mulher. Mas quem conversa com a cantora e atriz facilmente percebe que a tenacidade vai bem além. De fala mansa e jeito meigo, ela mostra-se convicta em suas posições e do poder que exerce nos palcos. “A mulher hoje é forte, independente, segura de si, autossuficiente, trabalha, ganha seu dinheiro, toca sanfona como um homem. Acho isso tão bonito. E a gente faz bem!”, diz, na Ilha de CARAS. Cantora, compositora e multi-instrumentista, a paraibana que leva as raízes da música nordestina para todo o País está envolvida com esse universo desde os 4 anos de idade. E a partir de 2000 já se apresentava com o grupo Clã Brasil, formado por familiares. Em 2013, ficou conhecida nacionalmente ao ser uma das finalistas do The Voice Brasil. Mas foi no ano passado, ao estrear na carreira de atriz como a Luzia em Velho Chico, que o País se apaixonou ainda mais por ela. A atuação rendeu vários prêmios de Revelação, como Os Melhores do Ano, do Domingão do Faustão, e o Extra de TV. “A música me transporta para um lugar diferente, não consigo viver sem. Mas descobri agora a atuação também e isso me fascinou. Tudo é arte. Quero muito equilibrar, levar os dois”, conta, em turnê com seu show e prestes a lançar novo single.

– O que levou dessa experiência em Velho Chico?

– Acho que amadureci cinco anos em um. Acredito que essa novela me levou para a fase adulta. Tenho outra postura hoje diante da vida, das minhas posições, das decisões, do que quero. Fiquei mais cascuda. Foi um processo de aprendizado solitário, em que precisei mergulhar. E vivi tantas coisas, as perdas do Domingos Montagner, um cara incrível, companheiro generoso, em uma fatalidade, e também a do Umberto Magnani. Foi uma novela que ensinou bastante e falou muita coisa para a gente sobre o que é a vida, a perda, a saudade.

– Sentiu alguma crise dos 30?

– A idade me trouxe tanta coisa positiva... Principalmente, em relação à maturidade, a saber dizer não. Passei a acreditar mais em mim. Mas acho que estou bem. Na verdade, tenho uma alma de 5 anos e isso certamente tem a ver com a arte também.

– E em relação ao corpo, forma, como se vê?

– Gosto de mim. Por enquanto, estou satisfeita com tudo, corpo, altura. Tenho 57kg em 1,65m. Não sei daqui a algum tempo...

– Como se cuida?

– Eu sempre gostei de me alimentar de forma saudável, comer verdinho. Claro que gosto também do “lixo”, de doce. (risos) Mas é preciso equilibrar. E sempre fiz esportes. Fui atleta mesmo, fiz natação, atletismo, handebol. Então, sempre me mexi e acho que isso me ajuda até hoje.

– Você é muito vaidosa?

– No limite certo. Se puder, saio sem maquiagem, no dia a dia prefiro roupa leve, meganatural. Mas quando estou no palco, gosto de usar maquiagens, brincos, anéis. Me traz força. E o cabelo! Agora dei uma iluminada, acho tão importante para a minha identidade tocar sanfona com o cabelo solto.

– Você é muito assediada?

– Acho que o artista em geral exerce esse fascínio nas pessoas, no palco, com toda aquela magia. Sempre senti isso. Mas me abordam de forma carinhosa, nunca fui desrespeitada. E olha que já toquei na noite, em bares.

– Você está solteira?

– Namoro a sanfona. (risos)

– Mas o que é essencial para alguém conquistar você?

– Gosto de qualquer tipo de pessoa. Adoro conhecer gente, conversar. Ninguém tem um lado só. Todos têm algo interessante para contar e eu quero descobrir.

Assista ao Making Of: