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Furacão Juliana Paes na Ilha de CARAS

"Me acho melhor do que nunca", diz a Bibi de 'A Força do Querer'

CARAS Publicado em 23/05/2017, às 07h06

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Juliana Paes - Cadu Pilotto
Juliana Paes - Cadu Pilotto

Desde a estreia na novela Laços de Família, em 2000, como a empregada Ritinha, Juliana Paes (38) não para de crescer. Além da beleza abundante, riso solto e astral leve, a atriz, destaque na TV como a icônica Gabriela, em seu remake, de 2012, e no cinema com o longa A Despedida, 2015, que lhe rendeu um Kikito de Melhor Atriz, em Gramado, contagia ainda mais pela simplicidade. Para citar as vitórias, também na publicidade, à frente de sua rede de salões de beleza e, agora, como próxima Rainha de bateria da Grande Rio, não esquece a dura batalha antes da fama. “Das adversidades que vivi, e muitas pessoas não fazem ideia porque não sou de contar história triste, tirei aprendizado. Vendo hoje minha trajetória e conquistas, me sinto a Juju Poderosa”, diz ela, na Ilha de CARAS, fazendo analogia à Bibi Perigosa. Sua personagem em A Força do Querer foi inspirada na vida de Fabiana Escobar (34), a ‘Baronesa do Pó’, que ganhou esse título por ser casada com um traficante carioca. Após assistir a vídeos, Juliana soube logo porque foi escolhida para o papel. “Bibi tem a energia parecida com a minha. Tom de voz amplificado, gestual grande e bom humor com deboche. E não se esquiva de nada”, explica. A infância e juventude entre São Gonçalo e Niterói, municípios do Rio, também agregam à interpretação. “Transito bem em universos populares por ter background humilde. Sempre vivi em cidades periféricas, nunca fui a menina do Leblon, bem -nascida, sempre a do povo, pobre mesmo”, conta a atriz, que lida com cautela com o glamour da profissão. “Me veem num tapete vermelho e nas redes sociais e me chamam de diva, musa. É tão engraçado, acho fofo, mas, para mim, é um personagem’”, avalia. Além da carreira, seu olho brilha mais ao falar dos filhos, Antonio (3) e Pedro (6), e do marido, o empresário Carlos Eduardo Baptista (40).

– Você e seu marido estão juntos há 13 anos. O que tem sido essencial para manter a relação?

– Só o amor. (risos) Sério! É só o que mantém o diálogo aberto. Relacionamento não é mar de rosas, todo dia você constrói um pouco, cede, são altos e baixos. Eu e Dudu nos damos muito bem, mas brigamos pra caramba. Nosso trunfo é estarmos dispostos a falar, ouvir. Ele nunca se esquivou da conversa pós-briga. A gente também tem momentos nossos. Temos um ritual caseiro. Após colocar as crianças na cama, há o ‘enfim sós’. Abrimos um vinho, jantamos...

– Fale da fase de seus filhos.

– Eles são muito amigos. Mas, no universo dos meninos, a brincadeira é lutinha e sempre um sai chorando. Na maioria das vezes, o mais velho. E Pedro é tão bom que pede para eu não colocar o irmão de castigo. Ele é a lagoa serena que de vez em quando tem uma marolinha controlável com um papo. Já Antonio é o mar revolto, sem conversa. Grande parte de meus debates com Dudu tem a ver com a educação deles. Não há manual. Dudu é mais durão. Eu não dou mole, mas acho que tem que falar firme e não gritar.

– Bibi se entrega à emoção, vai se meter na vida do crime por amor. E você, como é?

– Acho que 60% emoção e 40% razão. Sou ariana e quem é deste signo tem como base explosões de temperamento. Falam que sou tranquila. É que a gente vem para essa vida para evoluir. Acho que essa parte do meu darma já transcendi um pouco. Ainda sou muito emoção, é da minha natureza, o sangue ferve. Mas os 40% razão me ajudam a segurar a língua, o comportamento, respirar.

– Já fez loucuras por amor?

– Poucos dos meus ímpetos são relacionados a isso. Sempre tive autoestima grande em relação a namorados. Herança de minha avó, mãe, mulheres fortes. Nunca deram bola para homem falando alto. Minha mãe dizia: ‘só o seu amor não basta, homem tem que gostar mais da mulher. Você pode gostar só um pouco que está bom’. Achava tão duro. Ainda nova, já absorvia isso que hoje chamam de empoderamento feminino.

– Como se vê hoje, se gosta?

– Me acho melhor do que nunca. Lia entrevistas de pessoas dizendo: ‘Ah, sou melhor do que aos 20’. Pensava: não pode. Pode e não é questão só física. É psicológica. A maturidade traz segurança, autoestima. Isso é uma conquista para mim, não me preocupar com o que os outros estão pensando. É uma libertação.

– Seu corpo está sequinho, definido. Fez algo especial?

– Foi uma mudança de hábitos. Encontrei um método novo de me exercitar e de comer. Com meu personal Rafa Lund, faço um treino curto e de alta intensidade, variando estímulos. Isso junto com a dieta low carb, diminuindo a ingestão de carboidrato e aumentando a de proteína.

– Como avalia sua trajetória?

– Tracei uma reta, não tive medo, errei, acertei. Me sinto num roteiro de cinema. Tudo aconteceu de um jeito muito certo. Sou feliz pela credibilidade conquistada junto ao público, me sinto orgulhosa. Mas nunca pronta, de dizer: ‘Ah, estou no auge’. Sei que a gente tem movimentos...