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Emanuelle Araújo analisa sua fase de libertação

Mais segura sobre as escolhas, ela enaltece seu coração livre e a leveza adquirida com a vida

por Carlos Lima Costa Publicado em 26/02/2016, às 08h32 - Atualizado às 09h38

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Na Ilha de CARAS, a vocalista da banda Moinho conta que este ano vai lançar o primeiro CD solo de sua carreira. - Martin Gurfein
Na Ilha de CARAS, a vocalista da banda Moinho conta que este ano vai lançar o primeiro CD solo de sua carreira. - Martin Gurfein

A atriz e cantora Emanuelle Araújo (39) vive uma fase de libertação, segundo ela, propiciada pela proximidade dos 40 anos, que completará em julho. “As preocupações e os desafios da vida existem independentemente da idade. Os meus chegaram cedo. Era mais pesado ser jovem. Os anos foram me trazendo leveza. Aos 20, já tinha uma filha pequena e vida de adulto, enquanto todos descobriam coisas. Fazer 30 foi um alívio, comecei a achar a vida mais coerente com a idade. Perto dos 40, sinto uma libertação, minha filha está criada e tenho escolhas mais precisas na carreira”, refletiu, na Ilha de CARAS, referindo-se à herdeira, Bruna (22), que, recentemente, se lançou em carreira solo de cantora com o nome artístico de Bu Araújo.

O que a faz ser tranquila em relação ao passar dos anos?
Aceito o que eles trazem, tenho uma relação saudável com o tempo. Acho lindo um cabelinho branco que aparece. Existe um sabor em todas as etapas. É bom ter o frescor da juventude, como é bom ser madura, experiente. Sou de uma família de mulheres eternamente jovens. Minha mãe, Noélia, com 58 anos, é lindíssima e jovem de alma. E minha avó, Iraci, aos 92, faz faxina em casa e cozinha para todos. Mais importante do que estética é ter vitalidade em qualquer idade.

Mas você é muito vaidosa?
Posso ser bastante, mas minha vaidade vai até onde não incomode o meu conforto. Sou zero neurótica, aceito meus limites e potências. Cuido do meu corpo, não só pela estética. Isso não combina comigo. É uma questão de higiene mental. Faço um treino funcional que mistura pilates com levantamento de peso, fora a yoga, o equilíbrio para cuidar da mente e do corpo juntos.

Ser mãe novamente é uma ideia descartada?
Desejei várias vezes ter mais filhos. Foi uma ideia que veio e foi. Agora, quando reflito sobre maternidade de novo, penso muitíssimo em adoção. Possivelmente isso acontecerá daqui a uns anos.

Está preparada para ser avó?
Se pintasse um neto, seria bem recebido. Sou totalmente adaptada aos movimentos da vida, do destino. Mas Bruna é prática com determinados objetivos de vida. Acho que a maternidade não é algo para este momento dela.

Em março do ano passado, chegou ao fim seu casamento com Carlos Henrique Blecher. Como está a vida afetiva?
Tive um casamento que se foi, coisas da vida, não deu certo. Busco olhar os movimentos com simplicidade. Isso nos faz tocar tudo com flexibilidade e seguir em frente. Fui casada também com o pai de minha filha (o economista Sérgio Bulhões, de quem se separou quando Bruna tinha 3 anos) e tive relações longas em que praticamente moramos juntos e que considero casamentos. Agora, meu coração está preenchido por trabalho, amigos e projetos bacanas. Quem eu amo é privilegiado, cuido nos mínimos detalhes, como adoro ser cuidada. Tenho todos os lados. Posso ser moderna, prática, e também bem mulherzinha. E tenho a doçura, aspecto do feminino que sempre deve existir.

E as novidades no trabalho?
A banda Moinho é um casamento aberto. Tanto eu quanto os outros integrantes temos projetos paralelos. Estou com meu primeiro disco solo pronto, um CD com MPB e ritmos latinos, onde não tenho compromisso com a festa. Deve ser lançado no meio do ano.

Por que somente agora?
Preparada para isso eu sempre estive. Mas gosto da coletividade. Além da Moinho, canto, hoje, com a Orquestra Imperial. Mas vinha maturando a ideia e senti que era a hora. E meu lado atriz está superbombando. No ano passado, atuei em Malhação, um trabalho divino. Este ano, vou gravar a novela das 9, Sagrada Família (prevista para substituir Velho Chico, sucessora de A Regra do Jogo). E, ano passado, interpretei Gretchen no longa O Rei das Manhãs. Não conversamos, mas assisti a seus vídeos. O grande desafio foi dançar como ela. Foi uma delícia mergulhar nesse universo.

Fica muito orgulhosa ao ver a sua filha seguindo os seus passos?
Apesar de ela estudar música desde criança, sempre quis que seguisse seu coração. Em qualquer escolha, tem de ter garra e determinação. É um orgulho vê-la desabrochando no universo da MPB. Assisti ao seu show de lançamento na carreira solo e fiquei babando vendo Bruna cantar tão bem. Estou sempre por perto, disponível para auxiliá-la no que precisar. Já participei do disco da Zarapatéu, banda que ela teve com o Chicão, filho da Cássia Eller, dei canjas. Ela também já cantou comigo na Moinho.