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Em entrevista inédita, Jair Rodrigues falou de sua felicidade em família

Neste ano, o ícone conheceu a Ilha de CARAS, em Angra

CARAS Publicado em 15/05/2014, às 17h59 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Jair Rodrigues - -
Jair Rodrigues - -

Era uma manhã ensolarada de janeiro, em plena temporada de verão, quando o ícone da música brasileira Jair Rodrigues, cuja morte repentina dia 8 de maio, aos 75 anos, comoveu o País, comemorava a ida para Angra dos Reis, no litoral fluminense, onde fez um show e conheceu a Ilha de CARAS. O memorável fim de semana apenas começava e o cantor já espalhava sua alegria no avião que o levaria para os dias de relax à beira do mar verde esmeralda que banha a região.

“Há muitos anos eu queria vir à Ilha, mas nunca tive a oportunidade. Isso é a realização de um sonho. Estou me sentindo um milionário”, disse, divertido. Para os convidados de CARAS, o ídolo fez uma apresentação cheia de alegria e jovialidade, e também marcou a história dos 20 anos da revista no Brasil ao demonstrar seu lado humano, quando vibrou ao ser sorteado com um carro e se emocionou ao receber, no celular, a foto do primeiro neto homem, Tony (4 meses), filho de Luciana Mello (35) e Ike Levy (37), que havia nascido na noite anterior.

A derradeira entrevista exclusiva a CARAS, a seguir, é recheada de emoção e curiosidades. Jair revela, por exemplo, sempre ir à sauna de casa, local onde seria encontrado sem vida, hábito que considerava segredo de sua vitalidade. Simples e sincero, ele mostra porque se transformou no artista ímpar, admirado por todos e que, desde já, deixa imensas saudades.

Jair Rodrigues: relembre momentos exclusivos em família



– São 55 anos de carreira em 2014. Qual é o sentimento?
– Ainda tenho o mesmo friozinho na barriga antes de me apresentar. Não entro no palco sem pedir a Deus muita luz e, aos guias e orixás, proteção. Depois, faço umas flexões e planto bananeira para ficar relaxado! Enquanto vida tiver, sigo sonhando em visitar países que ainda não fui para ali mostrar a MPB. Não quero ir tão cedo para a ‘cobertura’, onde descansa a minha querida amiga Elis Regina.

– Você está sempre alegre?
– Sou assim desde menino. Levo a vida dessa maneira. Tem gente que pensa que estou doidão, mas nunca bebo antes de entrar no palco, pois isso ‘fecha’ a minha garganta. Eu também nunca levei meus problemas para o palco.

– Na sua casa também?
– Vou fazer 40 anos de casamento com a Claudine. Temos muito amor e respeito. As brigas de casal existem, mas sempre resolvemos depois de cinco minutos de papo. Se eu não consigo convencer a minha mulher, deixo tudo como está. Não perco meu tempo com sentimentos ruins.

– Quando perde o humor?

– É difícil! Não gosto quando o som do meu show não está bonito. Levo a minha vida profissional com muito perfeccionismo. Também fico fora do sério quando estou jogando bola. Não gosto de perder e nem de jogador que faz firula. Mas quando termina o jogo, tudo volta a ficar bem.

– Como mantém a vitalidade?
– Faço sauna há 40 anos três vezes por semana. Tenho uma sauna particular na minha casa em Cotia, na Grande São Paulo. Gosto de andar também, apesar de não ter tempo ultimamente. Sempre comi de tudo, mas com moderação. Ainda gosto de rabada, de caldo de mocotó e de buchada. Tinha mania de comer isso depois dos shows, mas parei porque estava prejudicando a minha saúde. Sou moderado até na bebida.

– Leva uma vida sem vícios?
– Sou saudável. Experimentei um cigarro de palha aos 7 anos, depois de um jogo de futebol com amigos. Vomitei até as tripas. Quando cheguei em casa, o meu padrasto sentiu o cheiro e me deu uma tapa de mão fechada na boca, que até hoje, quando me lembro, cai um dente. (risos) Além de ter passado mal, apanhei. Aprendi a lição!

– O que faz no tempo livre?
– Costumo dizer que bem-aventurado é o meu controle remoto. Eu adoro assistir à TV. Vejo de tudo. Ontem, vi a novela e depois me empolguei com o filme Assalto ao Banco Central. Fui dormir às 3 da manhã para levantar às 5.

– Tem curtido bem as netas?
– O meu tempo é escasso, mas quando estamos juntos, brincamos muito. São meninas espertas e danadas, que já nasceram com o dom artístico. A Nina é a Luciana escrita. As do Jair puxaram a Tania. As três adoram dançar e cantar.