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Eliane Giardini confessa: "Sou melhor hoje do que aos 20"

Atriz chega aos 63 anos e conta ter se tornado uma pessoa mais leve

por Luciana Marques Publicado em 06/06/2016, às 06h13

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No ar como Anastácia de Êta Mundo Bom!, a atriz, de 63 anos, fala de idade e da forte ligação com o ex, Paulo Betti, com quem tem duas filhas. - SELMY YASSUDA/ARTEMISIA FOT. E COMUNICAÇÃO
No ar como Anastácia de Êta Mundo Bom!, a atriz, de 63 anos, fala de idade e da forte ligação com o ex, Paulo Betti, com quem tem duas filhas. - SELMY YASSUDA/ARTEMISIA FOT. E COMUNICAÇÃO

Atriz admirada e requisitada, Eliane Giardini chega aos 63 anos bem resolvida. Entre prós e contras da idade, avalia ter tornado-se uma pessoa mais leve. “Sou muito melhor hoje do que aos 20, mais disponível, disposta. A maturidade traz isso, leveza no sentido de você aproveitar o momento, de não ficar fazendo planos para mais longe”, diz ela, na Ilha de CARAS. Sucesso como a rica Anastácia, mãe do protagonista Candinho, papel de Sérgio Guizé (36) em Êta Mundo Bom!, Eliane, que iniciou a carreira no teatro, em 1975, só veio a saborear o reconhecimento na TV por volta dos 40 anos.

Desde então, emenda papéis fortes, como a solteirona Nazira, de O Clone, a fogosa viúva Neuta, de América, pela qual recebeu o Prêmio Contigo!, em 2006, de Melhor Par Romântico, com Murilo Rosa (45), e a cômica Muricy, de Avenida Brasil. “Me ressenti por não estar na TV numa época em que o veículo se fortalecia. Mas aí, quando entrei, comecei a fazer papéis tão incríveis... Hoje percebo que se tivesse começado aos 20, estaria interpretando os mesmos personagens de hoje. Acho que a gente briga com a vida, mas ela está sempre certa. Tive tempo de estar disponível para minhas filhas”, explica ela, encantada com o atual trabalho na trama das 6. “É uma linda novela, que vem com resgate de valores, positividade. Walcyr Carrasco é muito bom”, diz sobre o autor. Na entrevista, Eliane, que está solteira, fala ainda da sintonia que mantém com o ex, Paulo Betti (63), com quem tem Juliana (38) e Mariana (35). Os dois estão juntos no longa A Fera na Selva, com estreia este ano. Baseado na obra do autor americano Henry James (1843–1916), o filme tem direção de Betti e foi rodado em Sorocaba, SP, onde se conheceram.

Como está o coração?
Quando você não tem uma pessoa específica, o que é meu caso, acaba erotizando a vida. Gosta de boa comida, boa conversa, pessoas interessantes, lugares bonitos e afeto, que de onde vier é bem-vindo. Para relação mesmo, não sei se estou aberta.

Por quê?
É um investimento pelo qual tenho um pouco de preguiça. Não sei se pelo fato de manter uma relação ainda forte com o Paulo. A gente está separado há 20 anos, mas é tão próximo. Fizemos agora o filme, parece que meu casamento está ali ainda. E será assim até o fim da vida, temos afinidade, filhos, seremos avós...

Mas não sente falta de ter um namorado ao lado?
Claro que gostaria. Tive outras relações, mas nenhuma evoluiu. Com o passar do tempo, o grau de seletividade fica gigante. Para uma pessoa chegar, tem de somar, se for para diminuir, não me interessa. Tem de ser leve, bem-humorado, preciso admirar.

E a relação com as filhas?
Somos próximas. A família toda é presente, somos 26 no total. Sempre os melhores momentos da vida são quando estamos juntos em datas como o Natal. As meninas se tornaram pessoas da maior qualidade. Juliana é cantora, fez a versão de Contato Imediato, do Arnaldo Antunes, para Malhação, em 2013, está fazendo um disco. Já Mariana é assistente de direção na Globo. Ela está há três anos na equipe do José Luiz Villamarim.

Como lida com a idade?
Normalmente bem. Mas, às vezes, você pensa: pôxa, estou com 63, daqui a pouco 70, 80. Quando a sensação de finitude bate, assusta. Até porque não me sinto com a idade que tenho.

É adepta a cirurgias?
Não posso mais fazer nada se quiser ter alguma veracidade com as personagens. Aos 40, operei uma bolsa no olho, que está grande de novo, mas não faço mais. Vou ao dermatologista, busco qualidade de vida, presto a atenção em alimentação, faço pilates, yoga, medito, leio muito. O lance é silenciar dentro da gente.