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Carlos Alberto Parreira aproveita a Ilha de CARAS ao lado dos netinhos

Cordenador-técnico da Seleção Brasileira de Futebol, Parreira sabe a escalação dos netos na ponta da língua: Leticia, Lucas, Rafael, Isabela e Laura

CARAS Publicado em 08/01/2014, às 12h36 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Parreira e família - -
Parreira e família - -

Coodernador-técnico da Seleção Brasileira de Futebol, Carlos Alberto Parreira (70) traz sua escalação na ponta da língua, sem a menor dúvida. Mas esses eleitos ainda não são os 11 craques que entrarão em campo para jogar contra a Cróacia em 12 de junho, partida de estreia do escrete canarinho na luta pelo hexacampeonato. Na Ilha de CARAS, Parreira anunciou mesmo os nomes de suas grandes paixões, daqueles com quem consegue relaxar da enorme responsabilidade de ganhar o título em casa para o País: os netos Leticia (8) e Lucas (7), filhos de Vanessa (40), e Rafael (7) e Isabela (3), da arquiteta Dani (36), responsável pela decoração de um dos ambientes da temporada 2014 da Ilha cujo tema é justamente Copa do Mundo. “Está faltando a Laura, de 1 ano, caçula da Vanessa, que aos poucos começa a se familiarizar com o futebol. Já os maiores compreendem o que faço e adoram este universo”, festeja o vovô, tendo a certeza de que com muito trabalho em parceria com o técnico Luiz Felipe Scolari (65), a união dos jogadores, as orações de sua mulher, Leila, e as boas vibrações da população, o objetivo será plenamente atingido. “O Brasil vai ganhar a Copa!”, assegura. A imensa experiência no torneio — foi preparador físico no tricampeonato, em 1970, e em 1974, técnico da Seleção no tetra, em 1994, e em 2006, além de ter dirigido o time do Kuwait, em 1982, dos Emirados Árabes, 1990, Arábia Saudita, 1998, e África do Sul, 2010 —, não impede que ele confesse, já está com a adrenalina a mil. “Estamos ansiosos, claro. E quando estiver mais perto da estreia não terei como evitar até um certo estresse, o que é natural”, justifica.

– Você havia declarado que iria se aposentar para se dedicar mais à família, por que aceitou voltar à Seleção Brasileira?

– O ‘apelo’ foi irresistível. A Seleção faz parte da minha vida. É uma função que estou preparado para exercer, além de trabalhar com Felipão, ótimo técnico e uma pessoa maravilhosa. Todos da comissão técnica têm como objetivo fazer o Brasil novamente campeão do mundo. É bom representar o País em casa, isso não tem preço.

– E o tempo com a família? Não era por isso que pensava em ficar longe dos gramados?

– Acredito que toda pessoa que consegue espaço na carreira, não estou falando só de sucesso, acaba pagando um preço. O meu foi muito alto, morei 23 anos fora do Brasil. Por isso pensava, sim, em parar, ficar mais perto deles. Quero acompanhar o crescimento dos meus netinhos, já que fui mais ausente com minhas filhas. Para minha sorte, a sede da CBF é no Rio, onde moro. Vou lá umas quatro ou cinco vezes por semana e não preciso permanecer o dia todo. Sábados e domingos, de modo geral, são livres. Mas não tem só o lado charmoso de voltar à ativa, a responsabilidade é grande.

– O que mais emocionou em seu retorno à Seleção?

– A interação da torcida com os atletas durante a Copa das Confederações. Ainda fico arrepiado ao lembrar do povo continuar cantando o hino mesmo após a banda terminar de tocá-lo nos estádios. Nós reconquistamos o torcedor, a imprensa, a autoconfiança dos jogadores, que estão com fome de vitória.

– Falaram que o público é mais um em campo. Concorda?

– Com certeza. O último jogo que fizemos no Rio, a final contra a Espanha, me marcou muito. Ouvi dezenas de pessoas gritando que o campeão voltou! E voltou! A partir daquele momento, a gente teve a certeza de que jogar em casa, com o apoio dos torcedores, é muito bom. Com certeza eles são o nosso 12º homem em campo.

– Mas o povo também se coloca no lugar do técnico. Isso incomoda de alguma forma?

– Existe uma paixão clubística do brasileiro. Outro dia estava na Praia do Dentista, aqui em Angra, e tinha um barco de mineiros. Eles pediram para não esquecer o Diego Tardelli, e o Ronaldinho, do Atlético. Não tem jeito, todos querem ver seus ídolos na Seleção. Mas falam de maneira carinhosa, não chega a ser uma pressão.

– O grupo já está fechado?

– Diria que o elenco já está 80% definido, faltam algumas posições. Vamos continuar essa busca. E tem sempre uma vaga para quem surgir. O futebol é um esporte do momento.

– Mas Neymar é um nome certo na Copa, não é?

– É garantido, nossa grande esperança, sem dúvida alguma.

– Seus netos são fãs dele. Você deixa que eles tenham em casa camisa de seleção ou clube que não seja do Brasil? 

– Dei para todos eles a da Seleção. Nada da camisa do Messi, da Argentina, com todo respeito. (risos) A do Neymar, do Barcelona, a gente aceita.

– A família vai aos jogos?

– Eles vão ver a partida inicial, a final e, provavelmente, mais uma outra. Todos em casa são torcedores natos, convivem com o futebol há muito tempo.

– Há uma ‘pressão’ do vovô para os cinco netos ficarem ainda mais ligados ao futebol?

–Um incentivo... (risos) Já os levei para conhecer os jogadores, tiraram fotos com eles, e adoram o esporte. O Rafa e o Lucas sabem todas as bandeiras dos times, as escalações, é impressionante.

– A sua mulher é muito católica. As orações já começaram para a Seleção? 

– A Leila foi criada dentro da igreja, vai a missa todos os domingos, faz trabalhos voluntários... Ela nunca pede para ganhar, mas para desempenhar bem. Que os jogadores, e até nós, da comissão técnica, possam exercer da melhor maneira possível o trabalho. Já estamos fazendo isso com muita dedicação, garanto.

– A Dani Parreira, sua caçula, decorou o espaço ofurô da Ilha de CARAS com inspiração no Japão. Você notou sua influência  em algo por aqui?

– Dani é muito discreta. (risos) Foi tudo surpresa para mim, ela não comentou, não detalhou como seria o trabalho. Adorei o resultado, em perceber como ela conseguiu combinar as cores, que são bem fortes... Creio que tenha sido um desafio. Sou suspeito para  falar, mas acho minha filha bas tante talentosa.

– Depois da Copa, você vai retomar a ideia da aposentadoria?

– Aposentar de vez do futebol, não. Realmente, isso não dá. Futebol é a minha vida Mas pegar cargo em clube, acho muito difícil. O que mata o profissional é o dia a dia, a rotina do esporte. Se você perguntar para qualquer técnico ou atleta, o jogar, o dirigir, são as coisas mais prazerosas do mundo. Mas a semana, o envolvimento que é cada vez maior com a imprensa, com o público, com a gestão, com o dinheiro, é complicado ... Isso realmente desgasta a grande maioria dos profissionais e é o ano todo assim.

– Quer dar algum recado para o povo brasileiro?

– Parodiando o papa Francisco, rezem pela gente.