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Shirley Mallmann aproveita Ilha de CARAS e fala sobre o início da carreira

“Quando comecei, não havia brasileiras nos bastidores. Hoje, isso é comum" disse ela. Ela também falou com carinho sobre a vida de mãe

CARAS Digital Publicado em 22/07/2014, às 14h53 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Shirley Mallmann - Selmy Yassuda
Shirley Mallmann - Selmy Yassuda

Prestes a completar 20 anos de brilhante trajetória no universo fashion, Shirley Mallmann(37) não esconde o orgulho ao rever seus feitos profissionais. Na década de 1990, quando as passarelas internacionais ainda eram vistas pelas modelos brasileiras como algo distante, a gaúcha de Santa Clara do Sul roubou a cena e se tornou uma das pioneiras de sua geração ao estampar a beleza verde e amarela pelos quatro cantos do mundo. “Quando comecei, não havia brasileiras nos bastidores. Hoje, isso é comum. Digo que estava no lugar certo na hora certa. Quando me convidaram para ir pela primeira vez para Nova York, não sabia quanto tempo ficaria por lá. Afinal, eu não fazia planos, a carreira não permitia. Achava que seriam seis meses, no máximo, não sabia o que o amanhã me reservava”, conta ela que, desde então está radicada nos EUA, onde atualmente mora na região dos Hamptons, no estado de Nova York. “Nunca imaginei chegar ao patamar que estou hoje, só tenho a agradecer a Deus pelo que alcancei”, emendou a top, na Ilha de CARAS, em Angra dos Reis.

Apesar dos caminhos serem trilhados sem muitos planos, a loira garante não se arrepender de nenhum capítulo de sua história. “Não dá para olhar para trás sem pensar nas coisas que poderiam ter sido diferentes, isso é da natureza humana. Minha certeza é que tudo que já fiz me levou a ser quem sou hoje. Talvez, se minhas escolhas tivessem sido diferentes, não teria meus filhos, meu marido, minha casa. Sou feliz com o que tenho”, diz ela, citando os herdeiros, Axil (12) e Ziggy (6), e o eleito, o hair stylist Zaiya Latt (43). As conquistas profissionais e pessoais de Shirley, sem dúvida, refletem em sua autoestima. Dona de beleza ímpar e longe de pensar em aposentadoria, ela faz do tempo o seu aliado de vida. “Quando me olho no espelho, vejo os sinais da idade, mas sei que cada um deles contam a minha história. Por isso, não posso negá-los. Claro que toda mulher é vaidosa, mas não sou obcecada pela juventude”.

– Quais mudanças destaca na profissão desde que começou?

– Muitas. Sinto falta do glamour que a profissão tinha até os anos 1990. Antes, era um mercado mais fechado, restrito. Com o tempo e a recessão econômica, foi preciso a moda se abrir para o mundo para sobreviver. Foi preciso se tornar mais comercial, de fácil acesso.

– O tempo de carreira também foi se estendendo...

– Sim. Nunca imaginei, por exemplo, chegar aos 37 anos trabalhando como modelo. Quando comecei, com 30 anos, no máximo, você já saía de cena. Hoje, há mulheres com mais idade do que eu, como Kate Moss e Naomi Campbell, que ainda estão em atividade. Isso se deve a essa ampliação do mercado para o mundo.

– Quais os cuidados para manter a eterna forma de modelo?

– Confesso que deveria me esforçar mais para tal! (risos). Meu objetivo é sempre fazer mais ginástica do que faço atualmente. No dia a dia, evito alimentos com muito açúcar e gordura, além de frituras. Também sou mãe, o que me faz estar sempre na ativa! Corro com os meninos, jogo basquete e levanto às 7h da manhã pronta para sair pulando com eles.

– Por falar em crianças, como é ser a única mulher da casa?

– É ser a rainha! Eles me tratam muito bem. O legal de ter filhos homens é que eles são muito carinhosos e apegados à mãe. Já sabia disso só de ver a relação do meu irmão com a minha mãe. O problema é quando os três se juntam para fazer um programa que não estou tão afim, como pescar! Eles são maioria e acabam vencendo!

– Como se sai no papel de mãe?

– Sou um pouco coração mole, mais relax. O papel de ser mais rigoroso acaba ficando com o pai. De qualquer maneira, prezamos pelos horários de comer, dormir, restringimos a alimentação, para que tenham uma rotina saudável. Enfim, procuramos mostrar que, na vida, há o certo e o errado.

– Tem algum receio em relação ao futuro deles?

– Como mãe, sou ansiosa por natureza e tenho a tendência de ficar pensando no que pode ou não acontecer a eles. Mas não há como controlar isso. O que podemos fazer é educar e dar bons exemplos para que façam as escolhas certas.

– Procura apresentar a cultura brasileira aos meninos?

– Estamos sempre por aqui, pelo menos três vezes ao ano. Falo com eles em português e eles me respondem em inglês. É uma briga! (risos) Eles assistem a programas brasileiros e até a Copa acompanharam. Conhecem mais o Sul do Brasil, afinal, é a minha região, além de SP e Rio. Infelizmente não pude apresentar o restante, mas quero que visitem todo o País.

– Você já expressou diversas vezes o desejo de regressar ao Brasil. A vontade permanece?

– É meu grande sonho! Mas como não sou sozinha, é algo que precisa ser feito com cautela. É uma mudança grande de rotina, tem o colégio dos meninos, o trabalho. Não temos data, mas sei que esse dia vai chegar.

– Pensam em mais filhos?

– Quero ser mãe de uma menina. Pensamos em adotar, mas enquanto morarmos nos EUA é difícil, a rotina é corrida. Acho que, quando mudarmos para cá, realizaremos o desejo. Ao lado da minha família, ganhamos em qualidade de vida no sentido de ter ajuda.

– Sem planos de aposentar...

– Adoro meu trabalho e sou realizada com o que faço. Acho que aos poucos vou diminuir o ritmo. Tenho um projeto, ainda embrionário, de ter uma marca com meu nome. Não sei qual será o produto, mas terá meus valores e minhas ideias. Além, é claro, de ser algo relacionado ao universo fashion, pois é o que amo fazer.