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Jules Roger Sauer, fundador da joalheria Amsterdam Sauer, morre aos 95 anos

Filho de pais judeus e nascido na França, Sauer vivia na Bélgica quando teve de fugir da perseguição aos judeus em 1939 e veio para o Brasil, aonde se tornou empresário no ramo de pedras preciosas

CARAS DIGITAL Publicado em 01/02/2017, às 16h05

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Morre Jules Roger Sauer, fundador da Amsterdam Sauer - Divulgação
Morre Jules Roger Sauer, fundador da Amsterdam Sauer - Divulgação

Jules Roger Sauer, fundador da joalheria Amsterdam Sauer, faleceu nesta quarta-feira, 1°, de causas naturais em sua residência, no Rio de Janeiro, aos 95 anos.

Ele deixa dois filhos, Debora e Daniel, frutos de seu casamento com a polonesa naturalizada brasileira Zilda Waks Sauer, falecida em 2013, sete netos e quatro bisnetos.

Jules Sauer era considerado uma das maiores autoridades em gemologia e alta joalheria do Brasil e do mundo. Desde 2004, era membro do Círculo de Honra do Gemological Institute of America (GIA), entidade estabelecida em 1931 e autoridade máxima em análise, certificação e conhecimento de pedras preciosas por meio de serviços laboratoriais, programas educativos e de pesquisa.
O empresário foi o responsável por difundir no mercado internacional o gosto por pedras brasileiras até então desconhecidas ou pouco populares, como o topázio imperial, a opala do Piauí e, mais recentemente, a célebre turmalina-da-paraíba.

Filho de pais judeus e nascido em 1921, na região da Alsácia, na França, Jules Sauer vivia na Bélgica quando teve de fugir da perseguição aos judeus em 1939. Então com 18 anos, pedalou mais de 1.500 quilômetros em sua bicicleta até a Espanha, onde foi detido, sem documentos, pela polícia. Conseguiu escapa pela fresta do basculante do pequeno quarto em que estava preso, e seguiu para Portugal, onde embarcou num navio que estava rumando para a América do Sul. Acabou se instalando no Rio de Janeiro, onde começou a dar aulas de francês para se manter.

“Quando chegou ao Brasil nas condições que todo mundo conhece, meu pai se apaixonou pelas pessoas, pela filosofia de vida e pelas cores do país. Acho que, durante toda sua trajetória, ele quis homenagear esses três verdadeiros patrimônios nacionais”, diz seu filho Daniel Sauer, diretor da Amsterdam Sauer.

“Além da imensa contribuição que ele deixa à gemologia e ao design joalheiro nacional, seu maior legado para todos nós é o imenso amor pelo Brasil que o acolheu" , acrescenta.