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Ana Maria Braga sozinha e em nova fase

Sem o marido, em Nova York, a apresentadora do 'Mais Você' conta como superar os maus momentos

CARAS Publicado em 24/09/2013, às 11h06 - Atualizado em 19/03/2020, às 12h46

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Ana Maria Braga - Cadu Pilotto
Ana Maria Braga - Cadu Pilotto

A vida da apresentadora Ana Maria Braga (64) tem histórias dignas de um best-seller. Três casamentos, a luta contra o câncer no peritônio em 2001 e na pele em 1991, a dedicação ao trabalho e o equilíbrio mental e corporal para dar conta de ser boa mãe e avó são elementos suficientes, sem contar o êxito profissional. Ana foi sozinha ao Castelo de CARAS, em Tarrytown, NY, e desconversa quando o assunto é o seu casamento. O motivo? Ela não está mais com Marcelo Frisoni (43), com quem se uniu em 2007. O casal não é visto junto há meses. Guerreira incansável na busca da felicidade ao se reerguer a cada episódio, ela opta pelo silêncio. Um exemplo de mulher. Uma trajetória intensa, porém feliz. “Tem coisas que, na minha idade e no patamar que atingi, me dou o direito de não querer falar. Não vai acrescentar nada. Quem me ama sabe o que passei e porque estou aqui”, sinaliza sobre a nova fase. “Estou muito bem”, revela. Prestes a completar 14 anos à frente do Mais Você na Rede Globo, a estrela das manhãs enfatiza como mantém a perseverança e o pensamento positivo e a paixão por tudo o que a cerca, como Mariana (29) e Pedro Maffei (28), seus filhos com Eduardo de Carvalho (70), os netos Joana (2) e Bento (1) e os amigos.

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– Sofre por ser transparente?
– Digo que sou ‘sincericida’. Se perguntar, respondo! A pessoa é o que é. Não adianta camuflar. Se estou triste, estou triste. Se estou alegre, estou alegre. Se estou chateada, falo. Nunca conseguiria ser política. Não sou política, no sentido mais lato da palavra.

– Tenta não ser tão intensa?
– Tento, mas não consigo. Ainda estou trabalhando esse negócio, se é que é ruim. Gosto de fazer as coisas... Minha geladeira está sempre cheia. Gosto de receber amigos, de gente, de passear, de tomar meu vinho. Quando leio, leio bastante. Quando vejo seriado, vejo muito. Quando amo, amo de verdade. Escolhi guardar apenas as coisas boas da vida. Odiar, não odeio; simplesmente esqueço o que as pessoas fazem de ruim para mim.

– Você veio sozinha a NY?
– Tem coisas, a esta altura da vida, que me dou o direito de não falar. São momentos não só meus. Tenho que respeitar uma série de circunstâncias. Não vai acrescentar nada para ninguém, nem para mim nem para as pessoas envolvidas, e me dou este direito.

– Mais uma superação?
– Quem sabe, sou eu. Não é força nem superação. É mais um momento. Não aconteceu nada que justificasse eu passar por um grande sofrimento. O que dizem, falam... Não importa. As pessoas que me conhecem, meus filhos, principalmente, sabem porque estou aqui neste momento. Estou muito bem. O que levou a isso... Temos que respeitar as pessoas.

– Como é a Ana avó?
– Infelizmente, curto meus netos menos que gostaria. Da mesma forma que na minha carreira toda optei por ter uma condição de vida melhor por meio do trabalho, é um prazer pessoal que me faz trabalhar até hoje. Meus filhos foram feitos para o mundo, mas sinto falta de ter estado mais tempo com eles. Não me sinto culpada, mas sinto falta de estar mais com meus netos. Hoje, não é por trabalhar, mas por estar fisicamente e momentaneamente distante deles. Tenho de estar mais disponível para ser mais avó do que já sou. Um dos meus grandes projetos é estar mais perto. Não que vá deixar de trabalhar, porque não consigo viver sem atividade mental e física. Faz parte da minha inquietação. Não é por causa de dinheiro nem realização pessoal. Já poderia ficar em casa fazendo crochê e cozinhando. Mas ficaria infeliz. E passaria esta infelicidade para eles. Deus me ajude e me oriente para eu nunca ficar uma velha chata!

– Qual segredo de juventude?
– A gente tem de melhorar e não piorar ao longo da vida. Se ficasse voltada para uma atividade que não me desse prazer, aconteceria isso. A idade está em outro lugar, não nas minhas rugas. O futuro está aberto a todas as possibilidades. A boa forma depende do que você faz com seu corpo. Saúde é movimentar o corpo, a cabeça e comer coisas que não intoxicam o organismo. Sabe quando a gente percebe que está tudo funcionando direitinho? Tiro 10 em todos os exames. Tudo começa na cabeça.

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– Você dá exemplo de vida...
– Lido com a verdade de uma forma clara e transparente. Nunca me esforcei para parecer simpática ou agradável. Quando estou triste, todos percebem. A visibilidade, às vezes, é um problema, pois tem dia que não sou exemplo para ninguém. Sou muito vaidosa. Mesmo que não tivesse programa na TV, gosto de me arrumar, de estar com a unha feita e com o cabelo do jeito que quero. Mas também tem dias que não quero me olhar no
espelho, nem sair de casa, pois sei que vou frustrar as pessoas. Fico triste também, choro embaixo do chuveiro... Igual a qualquer um.

– Positivismo sempre?
– Acredito nisso para estar bem física, mental ou espiritualmente. Cientistas provam que é possível comandar o corpo com o pensamento. Quando tive câncer, um dos médicos que me ajudou a estar aqui hoje me incentivou a acreditar. Vi meu corpo como um exército e cada célula, um soldado. Eu teria as armas para entrar na guerra e, quando atirasse no inimigo, não mataria só ele, mas os aliados também, que é a história de perder o cabelo, dos dentes e das unhas amareladas... As armas que estavam me dando eram muito poderosas. Mas se eu não acreditasse, elas não valeriam nada. Quem deu força para as minhas células, minhas
guerreiras, fui eu. Não basta dizer, é preciso acreditar.