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Roberto Casmamie mostra seu apartamento em estilo clássico na capital paulista

Artista plástico mistura décor e histórias em seu lar

CARAS Publicado em 17/01/2014, às 09h04 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Roberto Camasmie - Caio Guimarães
Roberto Camasmie - Caio Guimarães

Apesar do estilo colorido e originalíssimo no vestir e da pop art de tons vibrantes que fez sua fama, Roberto Camasmie (60) é clássico “para morar”. Seu apartamento de 500m², em SP, tem precioso mobiliário criado pelos artesãos do tradicional Liceu de Artes e Ofícios paulistano. Tudo herança da mãe, a culinarista da alta sociedade Jacira Camasmie, falecida há oito anos. O artista, que mora com a única irmã, a empresária Daisy Camasmie (59), é conhecido internacionalmente por retratar celebridades como Catherine Deneuve (70), Dilma Rousseff (66), o papa Francisco (77) e Michael Schumacher (45), obra feita em 2003 e que ele voltou a expor em sua galeria — na nobre esquina da Rua Bela Cintra e Alameda Lorena, nos Jardins —, após o ex-piloto sofrer acidente em estação de esqui. “Quero que o público interaja com a obra, formando uma corrente de boas vibrações para ele.” Até a diva Sophia Loren (78), tem uma tela dele em sua residência de Paris. Ele a retratou com  os filhos na década de 1980.

– Quem decorou sua casa?

– Eu e Daisy deixamos a decoração da maneira que nossa mãe fez. Só dei um toque contemporâneo incluindo algumas obras de arte.  Não é um estilo clássico, é um provençal e essa linha cabriolet que está voltando. Tem um pouco do estilo inglês também.

– É uma surpresa ver um artista que gosta de cores vibrantes vivendo em uma casa sóbria.

– Acho que a casa da gente não precisa espelhar o que a gente é. Por que eu gosto de me vestir assim não significa que a minha casa tenha de ser de vanguarda. Adoro o contraste. Gosto da liberdade de brincar. Em tudo. Na arte de decorar, na arte da arquitetura, na arte da engenharia, em tudo!

– Quais locais aqui onde passa a maior parte do seu tempo?

– Fico muito na sala de almoço. É onde geralmente faço todas as minhas refeições. Uso louças da Companhia das Índias, de Macau. Adoro. Também fico muito na biblioteca. Daisy usa o computador e, às vezes, eu desenho. Trabalho mesmo é na galeria, mas, aos sábados e domingos, posso pintar em  casa e, para isso, prefiro a área de serviço. Tenho no hall íntimo um altarzinho da minha mãe. O banheiro? É uma salle de bains. 

– Como é a sua rotina?

– Eu me levanto às quinze para as seis, vou para a academia, faço musculação todo dia. Também pratico natação duas vezes por semana. Volto para casa, abro a janela do meu quarto e tomo meus vinte minutos de sol. Leio os jornais, tomo banho e vou para a galeria. Lá, fico até uma hora da tarde. Venho almoçar em casa desde a época da minha mãe. Retorno à galeria, onde agora também tenho um espaço para eventos, e recebo os clientes até mais ou menos seis e meia. Aí, tenho aula de dança. Quero até montar grupos para dançar forró, salsa... Não sou da noite, sou do dia; uma pessoa caseira. Mas gosto de encontrar pessoas queridas, bater papo, beber um bom vinho.

– Você pinta durante viagens?

– Adoro desenhar fora. Quando viajo sempre faço a minha visão do lugar. Na Europa, EUA, Punta, Alasca... Sempre levo uma tela comigo. Adoro interpretar o que presencio.

– Como você define ‘lar’? 

– Meu aconchego, minha segurança. Aqui, me sinto protegido, escondidinho. ‘Lar’ é ter a sua privacidade e estar com quem se ama. 

– Você é uma pessoa difícil?

– Todo artista é difícil. Sou difícil pois sempre quero ‘arranhar o céu’. Sou metódico, organizado.

– E quanto ao amor?

– Então... Está faltando isso na minha vida. Achava que o trabalho  era o mais importante. Há uns seis anos, vejo que não é tão importante assim. Você tem de ter alguém, compartilhar, ser agradável, rir um pouco... Preciso acender essa luz. Sinto muita falta de um grande amor.