Japan House: Bem-vindo, caro Japão

A cidade de São Paulo ganhou a primeira Japan House do mundo. Inaugurado no mês de maio, o local consiste em uma iniciativa do governo japonês para promover a interação intelectual entre o Japão e o resto do planeta. E o Brasil recebeu o espaço ainda antes de Los Angeles e Londres, onde serão abertas filiais da casa em breve. Com uma arquitetura que surpreende quem passa pela Avenida Paulista, o prédio de 2500 m2 é de autoria do brilhante arquiteto japonês Kengo Kuma (62), em parceria com o escritório paulista FGMF, e vai abrigar iniciativas de promoção de design, moda, gastronomia, arte, arquitetura, tecnologia e ciência que traduzam a essência do Japão milenar e atual. Sobre o projeto, a presidente da Japan House, a nissei Angela Hirata (72), afirma com entusiasmo que ele será “um novo modelo de intercâmbio do século XXI, apresentando uma visão elegante do Japão contemporâneo”. Por isso, podemos esperar uma programação intensa de exposições, palestras e experiências. Há também restaurante, lojas e biblioteca para o delírio de quem sonha em visitar o país oriental. A exposição que abre a agenda é a Bambu – Histórias de um Japão, com uma coleção de obras que formam uma cronologia visual de 150 anos de arte com o material. Também foram selecionados artistas que exploram as diversas possibilidades escultóricas do bambu para complementar a mostra que ficará exposta até o dia 9 de julho. É o caso da intrigante instalação, ao lado, do arquiteto japonês Akio Hizume (57), que leva 600 estacas com doze faces que se firmam sem nenhuma amarração.