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Atriz Samara Felippo resgata sua identidade

No Castelo de Caras, ela fala de relações afetivas e diz que aprende a se eximir da culpa

CARAS Digital Publicado em 21/11/2015, às 08h54 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Samara Felippo no Castelo - Cadu Pilotto
Samara Felippo no Castelo - Cadu Pilotto

Os últimos tempos têm sido de um grande aprendizado para Samara Felippo (37). Questionando todos seus conceitos, a atriz mostra­se sem culpa ao “resgatar” a identidade após o nascimento de Alícia (6) e Lara (2), suas filhas com o jogador de basquete Leandro Barbosa (33), o Leandrinho, da equipe da NBA Golden State Warriors, de quem se separou há dois anos. “Retomar a rotina após a chegada dos filhos acontece aos poucos. Até hoje é um processo para mim. A maternidade leva você aos extremos”, avalia ela, que se permitiu dar um novo rumo à vida afetiva e namora há um ano o humorista Elidio Sanna (30), além de fazer muitos planos profissionais para 2016. No Castelo de CARAS, em Tarrytown, New York, Samara rompe mais uma barreira ao ficar pela primeira vez tanto tempo longe da caçula. “Com a Alícia, já tinha passado por essa experiência. Uma vez, o Leandro foi jogar na Turquia e eu o acompanhei. Foi bastante doloroso ficar longe da minha filha. Estou aprendendo a me eximir da culpa”, ressalta Samara.

– Quando você voltou a se enxergar como mulher e profissional, além de mãe?
– Não teve uma data exata. Na época em que só tinha a Alícia, não me questionava tanto quanto me questiono agora com as duas. Preciso estar bem comigo para ficar bem para elas. Sou o exemplo de duas futuras mulheres dentro da minha casa.

– Elas têm ciúme de você?
– A Alícia está em uma fase um pouco mais compreensiva. Converso muito com ela. As duas me perguntam para onde vou quando me veem arrumada. Eu agacho, fico da altura delas e explico. Se vou a uma estreia de teatro, trabalhar, viajar, não escondo. Não falo mentiras para elas. A mais velha já entende tudo, quero trazê-la para perto de mim. Eu a deixo bem à vontade para perguntar qualquer coisa. O caminho que estou buscando na educação delas é o da verdade.

– Então contou para as duas que está namorando?
– Sim, falei, normal. Volto a repetir, não falo nenhum tipo de mentira para minhas filhas. Depois do nascimento da Lara, comecei a me questionar e me aprofundar neste tipo de educação. A partir do momento em que Alícia começou a me perguntar quem era Elidio, expliquei. Lembrei a ela uma conversa que tivemos em que falei que só levaria uma pessoa à nossa casa se fosse por amor, que gostasse delas... E isso aconteceu tempos depois do início do namoro.

– Leandro mora fora do Brasil, aqui nos EUA. Há uma troca com ele sobre o que acontece no dia a dia das meninas?
– Nós temos pensamentos um pouco diferentes sobre a criação das nossas filhas. Mas sei que ele confia muito em mim em relação a educá-las. Ele fica a maior parte do tempo fora. Então, faço o possível para que possa acompanhar a rotina delas. Mando fotos das duas para o Leandro, estou sempre ligando. Mesmo distante, ele é presente falando ao telefone. Qualquer decisão mais drástica que tenha de tomar sobre elas, como troca de escola, por exemplo,  entro em contato. Temos diálogo em relação a isso. Não posso tomar uma decisão como essa sozinha. Mas se por acaso discordarmos em algo, tento convencê-­lo.

– Então, vocês estão mantendo uma boa relação?
– Lógico, mas não vou ser hipócrita. Nós temos os nossos atritos. Óbvio que temos. Nós não somos um ex-­casal perfeito. Tentamos nos controlar em prol das meninas. Qualquer problema, qualquer briga, evitamos que chegue até elas. E assim a gente vai levando dessa forma.

– Precisa de ajuda com elas?
– Tenho a minha babá, Eliane. Brinco que é o meu marido. (risos) Ela é o meu braço direito, esquerdo... Ela me auxilia muito. Minha mãe, Lea, sempre que pode, também está presente. Tenho duas pessoas a quem amo e são de confiança me ajudando a tomar conta das minhas filhas. Dei sorte de ter encontrado a Eliane e ter a minha mãe ainda.

– Quais são os planos aos 17 anos de profissão?
– Estou em pré-­produção de um projeto para o teatro, em 2016, sobre a maternidade. Eu e Carolinie Figueiredo, a quem admiro muito. A direção será da Rita Elmôr. Junto a isso, queremos criar uma plataforma na internet. Oscilar em um universo e outro. Mas isso tudo não me impede de fazer TV, por exemplo. Não tenho contrato com nenhuma emissora. Se pintar alguma coisa legal, vou fazer. Cresci fazendo televisão.

– Como lida com as exigências de padrões de beleza?
– É uma imposição muito cruel que a sociedade faz. E eu parei de ser escrava há algum tempo disso. Não tenho me exigido tanto e nem me desespero. Em relação ao corpo, me exercito normalmente com o muay thai. Na verdade, estou fugindo de todos os padrões, estou em um momento questionador na minha vida.