CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

Filosofia que rege a história de Marcos Frota

No Castelo de Caras, em NY, ator faz balanço de sua trajetória dentro e fora de cena

CARAS Digital Publicado em 17/12/2015, às 11h18 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Marcos Frota - Selmy Yassuda/artemisia fot comunicação
Marcos Frota - Selmy Yassuda/artemisia fot comunicação

Sem deixar de lado suas raízes e valores, nos últimos tempos, Marcos Frota (60) vem se descobrindo um novo homem. Um homem de voz calma, olhar sereno e seguro de seus passos. “Hoje, sou protagonista da minha vida, sou mais paciente, observador. Já realizei minhas aspirações da juventude e sinto que, definitivamente, alcancei a maturidade”, diz o ator, que encontra no silêncio as coordenadas que regem sua vida. “Não perco a oportunidade de ficar sozinho, em silêncio. É nele que encontro o autoconhecimento. Pode ser estranho, mas gosto da solidão. Não aquela doentia, mas a frutífera, que me leva a estar comigo mesmo”, emenda ele, no Castelo de CARAS, em NY. A solidão, porém, nada tem a ver com o coração. Namorando a executiva Amanda Almeida (32),  o mineiro imprime sua maturidade também no amor. “Ter alguém para compartilhar as boas coisas da vida é gostoso. Já tenho minha história e, hoje, o que conta é o companheirismo”, frisa ele, no ar com a global Malhação. Com 30 anos de carreira, Marcos ainda acrescenta à nova fase boas histórias e êxitos profissionais. Afinal, já levou sua arte aos palcos, aos sets, aos estúdios de TV e aos picadeiros. “Em muitos momentos sacrifiquei minha vida pessoal por conta do trabalho como, por exemplo, não estar perto dos filhos em certos momentos, mas após tantos anos percebo que valeu a pena. Sou um cara privilegiado e não saberia fazer outra coisa na vida. A profissão enriquece minha alma”, reforça o pai de Amaralina (33), Apoena (31) e Tainã (25), da primeira união, e de Davi (16), com Carolina Dieckmann (37).

– De onde vem sua vitalidade?
– A alegria é o combustível da vida. Manter uma atitude positiva diante das dificuldades é o grande segredo. Sempre vivi assim, nunca experimentei o sentimento da inveja, da ambição, de querer estar no lugar do outro. É esse conforto de alma que me dá jovialidade.

– Maturidade ou juventude?
– Estou com 60 anos e feliz de estar bem de saúde e de cabeça. Meu sentimento é de gratidão. Chegou hora de colher os frutos do que vivi, de aproveitar mais a vida, de colher o que plantei.

– Colher frutos não é sinônimo de desacelerar...
– Não! Significa viver novas etapas. O artista não se aposenta, ele amadurece nos palcos.

– Já sacrificou sua vida pela carreira. Faria tudo novamente?
– Se eu pudesse voltar atrás, melhoraria muita coisa. A gente comete equívocos, erra, mas assim é a vida. Nós acabamos aprendendo com os erros.

– Errar em que sentido?
– É uma carreira difícil. Você precisa estar atento para não cair em ciladas, e eu quase caí em todas. O excesso de exposição, a vaidade, o ego e o sucesso podem te embriagar. Nessa hora, a família, os amigos e a consciência de que somos todos iguais é fundamental para manter os pés no chão.

– O circo é sua grande paixão. Que lição que aprendeu com ele?
– Foi com ele que exercitei minha cidadania e minha espiritualidade. Já nasceram muitas pessoas no meu circo, mas também já morreram, não pelo lado trágico, mas pelo ciclo natural da vida. Isso nos faz refletir sobre a existência.