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Carnaval / Folia

União da Ilha relembra vida e obra de Vinicius de Moraes

Com a presença de grandes nomes da Bossa Nova e da verdadeira Garota de Ipanema, Helô Pinheiro, a escola de samba União da Ilha celebra a vida e obra do eterno poetinha Vinicius de Moraes

Redação Publicado em 11/02/2013, às 02h41 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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União da Ilha desfila no primeiro dia do Grupo Especial do carnaval no Rio de Janeiro - Anderson Borde/AgNews
União da Ilha desfila no primeiro dia do Grupo Especial do carnaval no Rio de Janeiro - Anderson Borde/AgNews

A União da Ilha, quarta escola de samba a entrar na Marquês de Sapucaí pelo Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro na noite deste domingo, 10, escolheu uma das personalidades mais marcantes da cultura brasileira para homenagear: o eterno poetinha Vinicius de Moraes (1913-1980). A escola apresentou seu desfile embalado pelo enredo Vinicius no Plural: Paixão, Poesia e Carnaval, que faz menção à máxima de Vinícius, que dizia ser tantos homens ao mesmo tempo que era plural até no nome.

Com três grandes livros ambulantes, a comissão de frente da União da Ilha representou os pilares da vida e carreira de Vinicius de Moraes: O Sol , fazendo referência à paixão do poeta por cenários como Ipanema e Itapuã, presentes em suas poesias e músicas; a favela, de onde Vinicius bebeu inspiração para escrever a peça Orfeu Negro, que virou filme em 1959 e venceu o Oscar de melhor filme estrangeiro no ano seguinte; e o mundo infantil representado pelo poetinha em sua obra dedicada às crianças, especialmente A Arca de Noé, seu último livro.

A escola dedicou uma de suas alas especialmente para relembrar os livros publicados por Vinicius de Moraes, que produziu inúmeras poesias e músicas durante sua vida criativa, mas teve apenas doze livros publicados. Na ala, os livros foram apresentados com palavras-chave como “alegria” e “saudade”, representando alguns dos temas de sua obra.

A paixão e identificação de Vinícius de Moraes com a Bahia ganhou espaço especial. Uma ala repleta de Xangôs, orixá representado pelo poeta em suas canções, passou colorida pela Marquês de Sapucaí. Conhecidamente masculino, Xangô era um orixá apaixonado pelas mulheres e teve três esposas. Vale lembrar a fama de mulherengo do poetinha, né?

Passando pela Bossa Nova, movimento fundado por Vinicius de Moraes, Antônio Carlos Jobim (1927-1994) e sua trupe, a União da Ilha dedicou carros e alas ao movimento e contou com a presença do parceiro da dupla, Carlinhos Lyra (76). Além dele, o parceiro Toquinho (66), com quem Vinícius compôs cerca de 120 canções em 12 anos de parceria. Uma sósia da musa da Bossa Nova, Nara Leão (1942-1989), também foi destaque em um carro da escola.

E como não poderia faltar, Helô Pinheiro (67), a garota de Ipanema eleita por Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim em 1962, ano em que a canção foi composta, foi destaque em um dos carros da escola. Já na dispersão, Helô brincou ao encontrar a coreógrafa que a representou na comissão de frente. “Ela é garota, eu agora sou coroa de Ipanema”, brincou.