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Carnaval / Folia

Arlindo Cruz e os projetos pós-carnaval

Folião de nascença, Arlindo Cruz se prepara para decidir entre a gravação de dois DVDs: um de carreira, ou um de homenagem ao sambista Candeia, em parceria com Teresa Cristina

Redação Publicado em 18/02/2012, às 07h58 - Atualizado em 07/06/2012, às 23h22

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Arlindo Cruz - Manuela Scarpa / PhotoRioNews
Arlindo Cruz - Manuela Scarpa / PhotoRioNews

Mesmo não tendo desfilado, o sambista Arlindo Cruz (53) foi a estrela mais tietada da primeira noite do carnaval paulistano, que aconteceu na madrugada deste sábado, 18, no sambódromo do Anhembi. Simpático e solícito (ele tirou foto com todas os fãs que lhe cercaram), o ícone do samba contou à CARAS Online que após o carnaval pretende sentar e refletir sobre seus projetos para 2012.

Vou parar um pouco depois do carnaval para fazer uma análise de tudo o que aconteceu até agora, o ano passado foi de grandes realizações. Tem dois projetos que estão me tentando, ambos são DVDs. Um é um DVD de carreira; e o outro é uma homenagem a um grande sambista carioca, que eu pretendia fazer com a participação da Teresa Cristina (43), falando de Candeia (1935-1978). Ele foi meu grande mestre, meu patrono. Tudo o que sei de samba e de arte eu aprendi com ele”, revelou o cantor.

Apaixonado pelo carnaval, Arlindo contou que sua relação com a festa é tão antiga que ele não se lembra de si longe do som de uma bateria. “Minha relação com o carnaval começa desde a minha existência. Tenho fotos minhas da minha mãe me fantasiando de índio, caindo no cacique de Ramos pequeninho. É uma tradição que herdei dos meus avós, dos meus pais”.

Com uma mãe baiana da Portela, tios compositores e um pai precursor do uso do cavaquinho no samba de carnaval (até os anos 1950, o instrumento era geralmente utilizado em rodas de choro), não tinha como sair diferente. “Minha casa sempre teve samba. A gente se juntava e saía com um bloco de família improvisando, com panela, balde, cavaquinho, pandeiro, violão, surdo. O coro comia, sempre por amor ao samba. Na minha vida o samba e o carnaval nasceram juntos: não foi nem o ovo nem a galinha, foram os dois juntos”, recordou.

O sambista se apresentou em um dos camarotes do carnaval paulistano, e aproveitou os momentos após seu show para reverenciar o desfile da Vai-Vai. Este ano, a escola de samba carioca Vila Isabel desfilará um enredo sobre a Angola assinado por Arlindo, então a torcida não poderia ser outra. “Todo mundo que me conhece sabe que mesmo tendo saído de uma família de portelenses, sou Império Serrano de coração. Mas este ano estou torcendo muito pela Vila Isabel também, que desfila domingo com um belo samba de minha autoria”, afirmou.