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Robson Torinni traz texto argentino aos palcos brasileiros

Ator e produtor, Robson Torinni fala sobre o desafio de assumir a produção do texto premiado da peça 'A Sala Laranja: No Jardim de Infância'

CARAS Digital Publicado em 18/07/2017, às 16h18 - Atualizado às 16h34

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Robston Torinni - Rodrigo Lopes
Robston Torinni - Rodrigo Lopes

O ator e produtor Robston Torinni está com novo projeto para os palcos brasileiros. Em setembro, ele estreia a peça A Sala Laranja: No Jardim de Infância, escrito pela premiada dramaturga argentina Victoria Hladilo, no Teatro Cândido Mendes, Rio de Janeiro. Robson conversou com a CARAS Digital sobre a montagem e também sobre o desafio de produzir a sua primeira peça teatral com a própria produtora, a REG’s Produções Artísticas.

Confira o bate-papo:

- O que mais te encantou no texto de A Sala Laranja: no Jardim de Infância?
O que mais me encantou foi ter me deparado com um texto original, dinâmico, cômico/dramático e com personagens profundos. Um texto que fala do ser humano sem julgar nem dar lição de moral.

-Por que trazer este texto ao Brasil?
Acredito que o texto seja pertinente nesse momento em que estamos vivendo não só no Brasil, mas no mundo, onde, cada vez mais, as pessoas não se escutam, nem se colocam no lugar do outro. Buscam o poder custe o que custar, nem que para isso seja preciso passar por cima de outras pessoas, manipulando-as, para, assim, conseguir alcançar seus objetivos.

-Como está a fase de produção/ensaio?
Como adiantei muitas coisas relacionadas à produção antes de começarem os ensaios, agora estou mais tranquilo. Conto também com a diretora de produção, Deborah Aguiar, que está tocando a produção do espetáculo, e, juntos, vamos batendo bola sobre as decisões que precisamos tomar.

-Você ajudou a escolher o elenco? Como foi?
Desde o início da parceria com o diretor Victor Garcia Peralta, ficou claro que a escolha do elenco seria dele. Decidimos fazer várias leituras com uma gama bem ampla de atores e atrizes que se alinhavam com os personagens de alguma forma. Ao final de cada leitura, discutíamos sobre os atores que tinham lido naquela sessão e eu dava minha opinião, mas a decisão final, como disse,  era dele.

-Como é atuar e produzir uma peça? 
É muito trabalho, mas, graças a Deus, faço o que eu amo, então, os problemas acabam se tornando mais fáceis. Estou me deparando com muitos desafios, mas estou contando com a ajuda da direção e da produção. Tem sido fundamental a colaboração e o apoio deles para que eu me mantenha firme e confiante nessa primeira experiência como produtor.

-O que te motivou a criar a sua própria produtora? 
Quando me formei em teatro, e, após algumas experiências acadêmicas e práticas, concluí que era a hora de criar a minha própria produtora. Teve a ver com a minha inquietação por mudanças, o meu desejo de trazer à tona debates a respeito dos mais diversos aspectos da vida, minha necessidade de provocar diálogos mais relevantes (com um conteúdo de qualidade) e, sobretudo, a enorme vontade de trazer ao grande público a voz da minha geração.

-Qual será o diferencial de sua produtora? 
Na REG’s nos preocuparemos com a sustentabilidade, buscando produzir o mínimo de lixo possível, utilizando materiais reciclados e, no final das temporadas, doaremos o que for possível do cenário. Outro ponto muito importante e relevante para nós é o clima dentro da nossa produtora. É primordial que todos que trabalhem conosco tenham brilhos nos olhos ao falarem da empresa aonde estão engajados. Isso é puro combustível para mim e o público pode esperar que a gente continue trabalhando para encantá-lo sempre que estiver assistindo a uma peça nossa.

-Gosta mais de ficar no palco ou nos bastidores? 
Prefiro infinitamente os palcos porque é nele me realizo por completo. Meus medos e problemas vão embora. Fico horas ensaiando e não vejo a hora passar, mas, nos bastidores, também encontrei o prazer. É muito bom ver um sonho seu se tornando realidade e ganhando forma. É gratificante você poder entender o outro lado e aprender a lidar com tudo o que gira em torno de um espetáculo. Essa visão 360° realmente me fascina.

-Tem outro novo projeto além da peça A Sala Laranja??
Sim, já estamos trabalhando em um outro projeto para o final de 2018/ início de 2019, mas ainda está tudo muito no início.