Tratamento, que consiste na infiltração de dióxido de carbono (CO2) no couro cabeludo, é uma alternativa mais leve ao implante capilar
Luiza Camargo Publicado em 31/08/2016, às 15h55
Quem sobre com queda de cabelo sempre procura tratamentos que ajudam a aumentar o fluxo de fios que nascem no couro cabeludo. Implantes capilares muitas vezes são caríssimos e não apresentam o resultado desejado, por isso que novas alternativas sempre são válidas.
Uma nova tendência que está em alta é a carboxiterapia capilar, que consiste na infiltração de dioxido de carbono (CO2) no couro cabeludo.
Em entrevista à CARAS Digital, Claudia Miki, dermatologista formada pela Faculdade Federal de Medicina do Triângulo Mineiro, pós-graduada em Dermatologia pela Santa Casa da Misericórdia, e em Medicina Estética, e fellow da American Academy of Dermatology, revelou como este procedimento é realizado, seus resultadose contraindicações.
Quais são as indicações da carboxiterapia capilar?
"Basicamente alopécia androgenética (calvície de origem genética) e queda de cabelo".
Como esse tratamento é feito?
"Com pequenas infiltrações (com agulhas) de dióxido de carbono no couro cabeludo".
A carboxiterapia capilar pode doer?
"Sim, pode doer. Além da grande sensibilidade do couro cabeludo à dor, vai depender do grau de tolerância (à dor) de cada indivíduo".
Esse tratamento é feito em sessões? Se sim, quantas são recomendadas e em qual periodicidade?
"Sim. Em média 10 a 15 sessões, com intervalos, de preferência, quinzenais (pode ser semanal)".
Quanto tempo dura uma sessão desse tratamento?
"Geralmente, 30 minutos a 40 minutos".
É preciso fazer manutenção após o término do tratamento? Se sim, de quanto em quanto tempo?
"Dependendo do quadro, costumo indicar sim, a cada 4 (ou 6) semanas".
Quem são os profissionais habilitados a fazer esse tratamento?
"Médicos, geralmente dermatologistas ou cirurgiões plásticos".
Existe alguma contraindicação à carboxiterapia capilar? Se sim, quais?
A"lgumas básicas: gravidez; lesão cutânea na área a ser tratada; pacientes em tratamento para câncer e AIDS; doenças cardíacas e pulmonares".
Quais são as possíveis complicações e riscos desse tratamento?
Quando o procedimento é bem realizado, tecnicamente correto, a carboxiterapia capilar é quase isenta de riscos. Caso contrário, existe a possibilidade de infecção local.
Quais os resultados esperados do tratamento? É possível perceber uma melhora boa nos cabelos depois dele?
"Espera-se um aumento na quantidade de fios, uma maior densidade e volume deles, uma hidratação maior".
Em quanto tempo os resultados demoram a aparecer?
"A melhora na hidratação dos fios já pode ser percebida após a segunda sessão".
Existem estudos que comprovem esses resultados? Ou eles ainda são considerados incertos?
"Existem estudos em andamento e a observação de uma melhora significativa do quadro quando a carboxiterapia entra como terapia complementar à intradermoterapia e à terapia oral".
