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Marcia Peltier abre as portas de sua casa no Rio para receber a CARAS

Em sua casa ela mostra sua coleção de imagens de São Miguel Arcanjo e fala sobre 'Todas as Coisas Visíveis e Invisíveis', sua nova obra

CARAS Publicado em 21/05/2014, às 11h23 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Marcia Peltier - Cadu Pilotto
Marcia Peltier - Cadu Pilotto

Ao chegar à casa da jornalista Marcia Peltier (59), no Rio, é impossível não notar sua devoção a São Miguel Arcanjo, tal a quantidade de imagens que coleciona. “Me sinto ligada a ele de uma forma profunda. Sou devota há mais de duas décadas. Quando vi, comecei a adquirir e a dar pequenos santos de presente, me faz bem. Em viagens, procuro lojas de antiguidades para encontrar alguma peça que me agrade”, observa. A mulher do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman (72), possui imagens sacras dos mais diferentes lugares do mundo, como Jerusalém, Roma e Nova York. E expressa ainda sua espiritualidade de outras maneiras. Há algum tempo em busca do que chama de “a melhor versão de si”, Marcia divide reflexões e insights sobre a vida de uma mulher preocupada com o lado mais imaterial da existência em seu mais recente livro, Todas as Coisas Visíveis e Invisíveis, lançado este ano. A experiência de ser avó de Rafael (8 meses) foi uma das forças propulsoras para que voltasse a escrever após nove anos. O menino é filho da advogada Anna Rita (31). Marcia é mãe ainda da cineasta Anna Clara (30), ambas do seu primeiro casamento.

– Falar sobre questões íntimas não faz você se sentir exposta?

– Sim, não é fácil, mas foi libertador. Nas noites anteriores ao lançamento, não conseguia dormir. Mas gostei do resultado final, me humanizou. É como dizer: sou assim. No livro, conto que fiz tudo o que podia na busca por ser uma mulher melhor. A gente esquece que o importante é o que nos faz feliz. Passei muito tempo brigando comigo. Agora estou tranquila.

– De onde surgiu inspiração para escrevê-lo?

– Desde pequena quis ser escritora, sonho escrever um romance. Esse é o nono livro que publico. São quatro infanto-juvenis, três de poesia, um de crônicas e agora este de reflexões. Não o considero uma biografia. A partir de episódios da minha vida adulta, reflito sobre o estar no mundo. É uma reunião de insights que tive. Há momentos na vida de uma mulher em que temos que parar e refletir, pensar sobre nossos objetivos, saber o que nos faz feliz. É um processo de construção e desconstrução enriquecedor. Só sabendo quem somos podemos nos tornar maduros. Então, escrevo sobre como sobreviver a tanta pressão, ser mulher no mundo moderno sem esquecer a essência. A vida precisa ter sentido. Hoje, descobri o da minha, já que concluí que fiz tudo por amor. Recentemente, vivi um momento bastante particular, ser avó, e isso mexeu muito comigo.

– Mais do que ser mãe?

– Não. Ser mãe foi revolucionário, passei a olhar para o futuro, a me preocupar com tudo. Ser avó me trouxe paz, prazer, apaziguamento. Foi um prêmio.

– E a relação com seu marido, ele está mais tenso com os preparativos para as Olimpíadas no Rio?

– Procuro criar em casa um ambiente de paz. Tento ser um apoio sempre e somos muito parceiros, são 16 anos de casamento. Conversamos sobre tudo, como um casal que se ama. Sou daquelas que acreditam que a vida não pode ser sozinha. Um companheiro para a caminhada é parte importante da conquista da felicidade.