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Erotomania: saiba o que é a síndrome do fã de Ana Hickmann

O psiquiatra explica o transtorno que causa alucinações no paciente em que a pessoa tem uma crença que é objeto de afeto de uma celebridade

Bruna Nastas Publicado em 01/06/2016, às 10h41

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Ana Hickmann - Reprodução
Ana Hickmann - Reprodução

A admiração do fã, Rodrigo Augusto de Pádua, ultrapassou limites, ao invadir o quarto de hotel de Ana Hickmann armado e fazer a apresentadora, seu cunhado e esposa de reféns. Para psiquiatras, esse comportamento pode ser chamado de erotomania, um transtorno que causa alucinações nos pacientes.

"Erotomania é um tipo de transtorno psiquiátrico em que a pessoa tem uma crença delirante, completamente fora da realidade, de que ela é o objeto do afeto, do interesse sexual de alguém que como uma autoridade, uma celebridade ou mesmo uma pessoa como um médico ou uma pessoa de grande renome, explicou o psiquiatra Dr. Rodrigo Pessanha.

Segundo ele, essa crença de admiração excessiva na verdade é um delírio, um conjunto de sintomas que acabam occorendo em diversos tipos de doenças psiquiátricas, "especialmente na equizofrenia, no transtorno bipolar e outras doenças psicóticas".

"É muito importante dizer que a pessoa acredita que a celebridade em questão se comunica com ela através de e-mails, mensagens de texto, de mensagens de facebook ou através de meios sutis, como uma fala na televisão o paciente lança o olhar que a pessoa que tem erotomania interpreta como se fosse uma comunicação", explica.

O especialista cita o caso que ocorreu com a apresentadora. "As mensagens que ele enviava eram mensagens não somente de um fã apaixonado ou obcecado pela, no caso, Ana Hickmann. Ele falava como se ela tivesse tomado a iniciativa como se ela tivesse participando de um relacionamento. Algo completamente diferente do padrão que normalmente se encontra da correspondência para esse tipo de pessoa. É também importante sinalizar que esse tipo de doença tem tratamento.  Temos antipsicóticos que tratam a doença de base seja ela a esquizofrenia, o transtorno bipolar, transtorno esquizoafetivo ou transtorno delirante crônico. A maioria dos pacientes apresenta uma melhora significativa dos sintomas. Alguns até mesmo apresentam a remissão total dos sintomas com o tratamento adequado", conclui.